10 de mai 2025
Argentina atrai investidores com alta do ETF e redução de controles de capital
Investidores estão de olho na Argentina, com o índice Merval em alta e a liberação de controles de capital pelo governo Milei.
Foto: Reprodução
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Investidores começam a olhar com mais atenção para o mercado argentino. O Global X MSCI Argentina ETF (ARGT) teve uma alta superior a 8% em 2025, superando o desempenho do S&P 500. Apesar de uma queda de 17% no índice Merval, o principal indicador da Argentina, ele ainda apresenta um crescimento de 47% nos últimos doze meses, superando a maioria dos mercados globais.
A instabilidade econômica e política tem gerado cautela entre investidores estrangeiros. No entanto, a recente decisão do presidente Javier Milei de eliminar controles de capital pode mudar esse cenário. A Argentina também recebeu US$ 20 bilhões do Fundo Monetário Internacional (FMI), com US$ 12 bilhões sendo liberados imediatamente, o que pode atrair mais investimentos.
Expectativas de Crescimento
Analistas estão otimistas com as mudanças. Juan Egana, estrategista de mercados emergentes da BCA Research, afirmou que a Argentina é o único país em que eles têm uma visão bullish (otimista) em termos absolutos. A expectativa é que a redução dos controles de capital leve a um aumento no fluxo de investimentos estrangeiros.
Diego Pereira, economista-chefe para a América do Sul do JPMorgan, destacou que as semelhanças ideológicas entre a administração Milei e a Casa Branca de Donald Trump podem aproximar os dois países, beneficiando a Argentina. Milei já ameaçou deixar o Mercosul se isso facilitar um acordo comercial com os Estados Unidos.
Oportunidades de Investimento
Para investidores que desejam se expor ao mercado argentino, o ETF ARGT é uma opção viável. O fundo é focado em empresas de consumo, finanças e energia, com uma taxa de administração de 0,59%. Entre as ações individuais, a MercadoLibre se destaca, com 85% dos analistas recomendando compra e uma expectativa de valorização de 8%.
As ações da MercadoLibre já subiram mais de 44% em 2025. O analista da Barclays, Trevor Young, observou que a empresa está menos exposta às tarifas dos EUA, pois suas operações estão concentradas na América do Sul, o que a torna mais resiliente a mudanças nas políticas comerciais.
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