14 de mai 2025
Inflação na Argentina cai para 2,8% em abril após fim do controle cambial
Inflação na Argentina cai para 2,8% em abril, surpreendendo analistas e marcando o fim do "cepo cambiário". Governo projeta crescimento de 4% em 2025.
Cliente contando notas de peso argentino em supermercado de Buenos Aires (Foto: Agustin Marcarian - 13.jan.25/Reuters)
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A inflação na Argentina caiu para 2,8% em abril de 2025, conforme dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatísticas e Censos (Indec). O índice representa uma desaceleração em relação aos 3,7% registrados em março e ficou abaixo da expectativa de analistas, que previam uma inflação de 3,1%.
Este é o primeiro resultado após o fim do "cepo cambiário", que limitava a compra de dólares. A medida foi implementada em 14 de abril, junto com um novo regime de flutuação do dólar, estabelecendo limites entre 1.000 e 1.400 pesos argentinos. O governo do presidente Javier Milei considera a queda da inflação um triunfo, destacando que é o duodécimo mês consecutivo de desaceleração em comparação ao mesmo período do ano anterior.
Reações do Governo
Milei celebrou os resultados em suas redes sociais, criticando economistas que previam uma inflação mais alta. Ele afirmou: “O dado: 2,8%. A proposta é que arquivem as previsões erradas.” O ministro da Economia, Luis Caputo, também ressaltou que a combinação de superávit fiscal e controle da oferta de dinheiro ajudará a manter a inflação em níveis baixos.
Os preços de alimentos e bebidas não alcoólicas aumentaram 2,9%, impulsionados por altas em carnes, laticínios e cereais. Já os setores de restaurantes e hotéis tiveram um aumento de 4,1%. Apesar da queda na inflação, os salários registrados subiram apenas 2,5% em março, abaixo da inflação do mesmo mês.
Expectativas Futuras
Analistas da agência Moody's projetam que a inflação anual deve ficar em 30% até o final de 2025, considerando as recentes mudanças econômicas. A expectativa é que o crescimento do país alcance 4% neste ano. O governo de Milei continua a pressionar setores para controlar os preços e evitar aumentos salariais que possam impactar a inflação.
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