Economia

América Latina enfrenta perdas de energia que comprometem a transição energética sustentável

Perdas de energia elétrica na América Latina atingem 17% ao ano, comprometendo metas climáticas e desperdiçando recursos renováveis.

Foto de um lago em um dia ensolarado, com uma pessoa vestindo uma camiseta preta com um motivo de peixe e olhando para a câmera. (Foto: Reprodução)

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A América Latina tem avançado na transição energética, com 60% da eletricidade gerada a partir de fontes renováveis. No entanto, a região enfrenta desafios significativos, como a perda de energia elétrica, que atinge 17% ao ano. Esse índice, três vezes superior ao de países desenvolvidos, resulta em emissões equivalentes a 1,3 milhão de carros.

O Chile, por exemplo, desperdiça 20% da energia solar e eólica gerada devido à falta de infraestrutura de transmissão. Em 2024, o país registrou um desperdício de 5,9 mil gigawatts-hora (GWh), um aumento de 148% em relação ao ano anterior. A infraestrutura de transmissão não está preparada para suportar o crescimento da geração renovável, resultando em congestionamentos.

As perdas de energia na América Latina são atribuídas a fatores técnicos e não técnicos. Os problemas técnicos incluem falhas nas linhas de transmissão, enquanto os não técnicos envolvem conexões clandestinas. Segundo Ana Lía Rojas, diretora-executiva da Associação Chilena de Energia Renovável e Armazenamento, “cada unidade de energia perdida representa um aumento na geração para atender à demanda”.

Entre 2015 e 2021, o investimento em infraestrutura de distribuição e transmissão caiu 40%. Essa falta de investimento torna as redes vulneráveis a eventos climáticos extremos e afeta o fornecimento de eletricidade, especialmente para populações marginalizadas. Santiago López Cariboni, professor de economia, destaca que as conexões clandestinas estão ligadas ao crescimento desordenado das cidades.

Os especialistas apontam a necessidade de um planejamento abrangente para lidar com as perdas. Para as perdas técnicas, a incorporação de tecnologia, como medidores inteligentes, pode ser uma solução. Já para as não técnicas, é necessário abordar a questão sob uma perspectiva de política social. O Chile é o único país da região a investir em usinas de armazenamento de energia, enquanto a geração distribuída também é considerada uma solução viável.

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