Feirante conta notas de peso, em Buenos Aires (Argentina) (Foto: Irina Dambrauskas/Reuters)

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Argentina registra queda surpreendente na inflação e flexibiliza controles cambiais - Argentina registra queda surpreendente na inflação e flexibiliza controles cambiais

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A Argentina, sob a presidência de Javier Milei, passou por uma significativa mudança econômica ao eliminar a maioria dos controles cambiais. A medida, anunciada no mês passado, visa facilitar o acesso ao mercado oficial de câmbio, após seis anos de restrições severas. Essa flexibilização foi bem recebida pela população e pelas empresas, que agora podem trocar pesos por dólares com mais facilidade.

A inflação, que havia atingido 211% em 2023, caiu para 2,8% em abril de 2025. O Banco Central argentino e consultorias esperavam uma taxa superior a 3%, mas o resultado surpreendeu. A queda na inflação nos últimos 12 meses foi de 55,9% em março para 47,3% em abril. A agência Moody’s projeta uma inflação de 30% para o ano, dependendo das pressões cambiais e dos preços dos combustíveis.

As reformas de Milei também incluem um acordo de US$ 20 bilhões com o Fundo Monetário Internacional (FMI). Esse acordo exigiu a correção da política cambial arcaica do país. O câmbio oficial agora flutua entre 1.100 e 1.400 pesos, com ajustes mensais de 1%. A eliminação do teto de US$ 200 para a compra de dólares por pessoas físicas e a remoção de restrições a importadores foram medidas que visam atrair investimentos.

No entanto, a mudança não agradou a todos. Cambistas ilegais, conhecidos como “arbolitos”, enfrentam dificuldades com a nova política. Francisco, um cambista de Buenos Aires, afirmou: “Nós, os 'arbolitos', estamos passando por uma crise”. A demanda pelo mercado paralelo ainda persiste, especialmente entre trabalhadores informais que buscam evitar a fiscalização tributária.

Apesar da queda na inflação, muitos argentinos ainda enfrentam dificuldades financeiras. A renda de servidores públicos, como professores, caiu em termos reais, dificultando a conversão de salários em dólares. Guadalupe Calvano, professora em Buenos Aires, destacou que muitos não conseguem mais economizar para comprar dólares, refletindo a instabilidade econômica que ainda permeia o país.

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