24 de mai 2025

Brasil e EUA trocam petróleo bruto em nova parceria comercial
Brasil se destaca como exportador de petróleo em 2024, com 52% da produção destinada ao exterior, enquanto a Petrobras vê sua participação cair.
Foto:Reprodução
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O Brasil se consolidou como um dos principais exportadores de petróleo em 2024, com 52% de sua produção destinada ao exterior, destacando-se os Estados Unidos como um dos principais destinos. A participação da Petrobras nas exportações caiu de 43% em 2021 para 38% em 2024, refletindo o aumento de outras empresas no setor.
O óleo bruto de petróleo lidera a lista de produtos brasileiros exportados para os EUA, enquanto na pauta de importações americanas para o Brasil, ocupa a sexta posição. Essa dinâmica comercial é complexa, pois os dois países trocam diferentes tipos de petróleo, cada um com características específicas. O Brasil, por exemplo, exporta petróleo leve e de baixo teor de enxofre, proveniente do pré-sal, que possui alto valor agregado e demanda um processo de refino menos complexo.
Em contrapartida, a Petrobras importa óleos leves do Golfo americano para otimizar suas refinarias. Em 2024, o Brasil exportou US$ 7,5 bilhões em petróleo bruto e óleos combustíveis, com um crescimento significativo em relação ao ano anterior. Já as importações dos EUA totalizaram US$ 6,4 bilhões, apresentando uma queda em comparação a 2023.
Impacto Geopolítico
A guerra na Ucrânia e as sanções à Rússia impulsionaram o Brasil a se tornar uma alternativa viável para o suprimento europeu de petróleo. Essa mudança estratégica foi destacada por João Victor Marques Cardoso, pesquisador da FGV Energia, que enfatiza a importância do Brasil no mercado internacional.
A relação comercial entre Brasil e EUA também é marcada pela troca de óleos combustíveis, com o Brasil importando mais do que o dobro desse item em 2024. A Petrobras continua superavitária, exportando o volume que excede suas necessidades internas de processamento.
O futuro desse fluxo comercial dependerá da capacidade de reposição de reservas em ambos os países, especialmente com picos de produção esperados até 2030. A transição energética e a demanda por óleos com menor pegada de carbono devem continuar a moldar o cenário do setor, oferecendo vantagens competitivas no mercado global.
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