Economia

Argentina emite US$ 1 bilhão em dívida e busca aumentar reservas do Banco Central

Argentina emite US$ 1 bilhão em títulos em pesos, com taxa de 29,5% ao ano, para aumentar reservas do BCRA e atender ao FMI.

Sede do Banco Central da República Argentina em Buenos Aires. (Foto: Martin Zabala/Xinhua)

Sede do Banco Central da República Argentina em Buenos Aires. (Foto: Martin Zabala/Xinhua)

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Após sete anos, a Argentina retorna ao mercado internacional de dívida, emitindo US$ 1 bilhão em títulos em pesos. A operação, concluída em 30 de maio de 2025, visa aumentar as reservas do Banco Central da República Argentina (BCRA) e atender às exigências do Fundo Monetário Internacional (FMI).

O título, com vencimento em 30 de maio de 2030, apresenta uma taxa fixa de 29,5% ao ano, considerada alta por analistas. O Ministério da Economia informou que a emissão atraiu 146 ofertas de investidores internacionais, totalizando 1,94 trilhão de pesos, equivalente a US$ 1,694 bilhão. O secretário de Finanças, Pablo Quirno, destacou que a operação permite a troca de dívida em moeda local por recursos externos, aumentando as reservas sem gerar nova dívida líquida.

Contexto da Emissão

Essa é a primeira emissão de dívida a investidores privados não residentes desde a crise econômica de 2018. A nova operação utiliza legislação local, aproveitando a flexibilização dos controles cambiais implementada em abril, que eliminou o "cepo" (limite para a compra de dólares) para pessoas físicas. O ministro da Economia, Luis Caputo, ressaltou a importância do retorno ao mercado internacional.

O bônus, denominado Bonte 2030, permite que investidores adquiram títulos em dólares e recebam pesos na data de vencimento. Além disso, possui uma cláusula de recompra que pode ser ativada em maio de 2027, garantindo resgate automático se solicitado. Os dólares obtidos com a emissão contribuirão para a meta de acumulação de reservas com o FMI, que estima que o BCRA precisa acumular cerca de US$ 4 bilhões nas próximas semanas.

Analistas, como Gabriel Caamaño, da consultoria Outlier, consideram a taxa de 29,5% acima das expectativas, que variavam entre 22% e 28%. A operação representa um passo significativo para a Argentina em sua recuperação econômica e na busca por estabilidade financeira.

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