Stanley Fischer, influente economista e ex-vice-presidente do Fed, morre aos 81 anos

Stanley Fischer, renomado economista e ex-vice-presidente do Federal Reserve, faleceu aos 81 anos no último sábado, conforme anunciado pelo Banco de Israel. Fischer, que também foi presidente do Banco de Israel, é lembrado por sua significativa influência na política econômica global e por ter sido mentor de diversos economistas proeminentes.

Fischer teve uma carreira distinta, incluindo passagens pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) e pelo Banco Mundial. Ele atuou como vice-presidente do Federal Reserve entre 2014 e 2017, após liderar o Banco de Israel de 2005 a 2013. Durante seu tempo no FMI, Fischer enfrentou crises financeiras em países como México, Rússia e Brasil, contribuindo para a estabilização econômica global.

Contribuições Acadêmicas

Nascido em 15 de outubro de 1943 na Zâmbia, Fischer se destacou como professor no Massachusetts Institute of Technology (MIT), onde orientou figuras como Ben Bernanke e Mario Draghi. Seu livro, Macroeconomics, coescrito com Rudi Dornbusch, se tornou um clássico no ensino da economia. Olivier Blanchard, ex-economista-chefe do FMI, destacou que Fischer teve uma influência inigualável na política macroeconômica mundial.

Fischer também foi fundamental na implementação de um programa de estabilização econômica em Israel em 1985, que ajudou a conter a hiperinflação. Sob sua liderança, o Banco de Israel foi pioneiro em cortes de juros durante a crise financeira de 2008 e na recuperação econômica subsequente.

Legado e Homenagens

O presidente de Israel, Isaac Herzog, e o ex-primeiro-ministro Benjamin Netanyahu prestaram homenagens a Fischer, destacando sua integridade e contribuição para a economia israelense. Herzog o descreveu como um "profissional de classe mundial" e um "verdadeiro amante da paz". Fischer deixa um legado duradouro na economia global, sendo reconhecido por sua habilidade em lidar com crises e por sua influência sobre gerações de economistas.