Economia

Bolívia enfrenta desafios na industrialização do litio e busca novas parcerias internacionais

Bolívia enfrenta desafios na industrialização do litio, com produção aquém do esperado e críticas a contratos com empresas estrangeiras.

Um trabalhador coloca em funcionamento um gerador a diesel em um acampamento minerador no salar de Uyuni, na Bolívia, conhecido por suas reservas de litio. (Foto: Dado Galdieri - ASSOCIATED PRESS)

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A planta de litio em Llipi, na Bolívia, iniciou suas operações em 2024, mas produziu apenas 13% de sua capacidade. O governo boliviano planeja mudar para a Extração Direta de Litio (EDL), enfrentando críticas sobre contratos com empresas estrangeiras e impactos ambientais.

Desde 2008, a Bolívia busca industrializar suas vastas reservas de litio, estimadas em 21 milhões de toneladas cúbicas. No entanto, até agora, apenas uma planta opera, extraindo cerca de 2.000 toneladas em 2024, resultando em receitas insignificantes. O projeto de industrialização enfrentou atrasos devido a crises políticas e gestão ineficiente, levando a acusações contra ex-membros da estatal Yacimentos de Litio Bolivianos (YLB).

A planta de Llipi, que deveria ter sido entregue em 2020, começou a operar apenas em 2024. A senadora Elena Aguilar, presidente da comissão que investiga a planta, destacou que apenas 12 das 20 piscinas de evaporação estão impermeabilizadas, comprometendo a produção. A EDL, proposta pelo presidente Luis Arce, promete maior eficiência, mas gera controvérsias sobre seus impactos ambientais e a falta de consulta às comunidades locais.

Os contratos com o consórcio chinês CBC e a empresa russa Uranium One foram criticados por suas condições. O analista em mineração Héctor Córdova alertou que a proposta da China envolve um crédito que pode ser oneroso para o Estado. Além disso, a desigualdade nas ofertas de produção entre as empresas levanta preocupações sobre a viabilidade econômica do projeto.

A situação do litio na Bolívia é preocupante, com o preço do mineral caindo para R$ 8.600 por tonelada. Especialistas alertam que, se as plantas operassem em plena capacidade, poderiam gerar entre R$ 800 milhões e R$ 1 bilhão por ano. A falta de uma estratégia clara para a produção e a necessidade de diversificação econômica permanecem como desafios cruciais para o futuro do setor.

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