Economia

China avança na automação industrial com o programa Made in China 2025

China supera Alemanha em robôs por trabalhador e domina mercado de veículos elétricos, mas enfrenta desafios em semicondutores e aviação civil.

Robôs e um trabalhador em uma fábrica de carros elétricos em Ningbo, na China. (Foto: Qilai Shen/NYT)

Robôs e um trabalhador em uma fábrica de carros elétricos em Ningbo, na China. (Foto: Qilai Shen/NYT)

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O programa "Made in China 2025" foi criado para modernizar a indústria chinesa, aumentando a participação local em setores estratégicos e diminuindo a dependência de tecnologia estrangeira. Relatórios recentes mostram que a China superou a Alemanha em robôs por trabalhador e se destacou no mercado de veículos elétricos.

A nova fábrica de veículos elétricos da montadora alemã Audi, localizada no norte da China, exemplifica o sucesso do programa. Mais de 800 robôs da Kuka, empresa de origem alemã agora controlada por chineses, operam na linha de produção, onde a automação é predominante. O chefe de engenharia de produção da Audi, Tobias Liebeck, afirmou que os preços baixos dos fornecedores chineses surpreenderam a empresa.

O plano, lançado há uma década, visava dominar dez setores industriais avançados, incluindo robótica, equipamentos ferroviários e tecnologias da informação. A meta era alcançar 70% de participação doméstica na produção de componentes essenciais até 2025. Apesar das críticas de parceiros comerciais, que consideram as metas mercantilistas, dois relatórios indicam que a China conseguiu modernizar sua indústria, reduzindo a dependência de mão de obra barata.

Desafios Persistentes

Embora a China tenha avançado em várias áreas, ainda enfrenta desafios em semicondutores e aviação civil. A indústria aeroespacial, por exemplo, continua dependente de tecnologias ocidentais, com a Boeing e Airbus dominando o mercado. O relatório da Câmara de Comércio da União Europeia na China destaca que, apesar do sucesso em setores como veículos elétricos, a autossuficiência em semicondutores ainda é um objetivo distante.

O programa também provocou tensões comerciais com o Ocidente, especialmente com os Estados Unidos. A guerra comercial iniciada pelo ex-presidente Donald Trump foi justificada com base nas metas do programa. O atual presidente, Joe Biden, também adotou uma política industrial ativa, focando em microchips e tecnologias verdes.

O Futuro da Indústria Chinesa

A estratégia chinesa busca construir cadeias de suprimento autônomas e aumentar a dependência global da China. O presidente Xi Jinping reafirmou essa posição durante a guerra comercial, levando os EUA a reduzir tarifas. Especialistas afirmam que a dominância exportadora da China está fazendo outros países reconsiderarem suas políticas industriais.

Com 29% do valor agregado da produção manufatureira mundial, a China se consolidou como líder global em manufatura. O sucesso do "Made in China 2025" é inegável, mas os desafios em setores críticos permanecem, exigindo atenção contínua.

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