07 de jun 2025
Déficit comercial dos Estados Unidos atinge recorde histórico em 2024
Déficit comercial dos EUA cai 46% em abril, mas acumula recorde de $552 bilhões no ano. Impactos da guerra comercial ainda reverberam.
Contenedores no porto de Los Angeles, em San Pedro (Califórnia), no mês passado. (Foto: Mike Blake - REUTERS)
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O déficit comercial dos Estados Unidos registrou uma redução histórica de 46% em abril em comparação a março, totalizando R$ 86,965 bilhões. Apesar dessa queda, o acumulado do ano já alcançou R$ 552 bilhões, um aumento de 49% em relação ao mesmo período do ano anterior.
A guerra comercial iniciada por Donald Trump impactou significativamente o comércio exterior. As empresas anteciparam importações para evitar os aranceles que mudavam frequentemente. Essa estratégia resultou em uma queda de 40% nas importações da União Europeia em abril, em relação ao mês anterior. Mesmo assim, os números se mantiveram semelhantes aos do ano passado.
Dados do Comércio
Os dados do Censo dos EUA mostram que, em abril, as importações caíram drasticamente, refletindo na redução do déficit. O total de bens vendidos ao exterior foi de R$ 722,346 bilhões, enquanto as compras somaram R$ 1,27 trilhão. O déficit acumulado em quatro meses é o maior já registrado.
A redução do déficit foi especialmente notável nas relações comerciais com a Europa, onde houve uma diminuição de 78% em abril em comparação a março. O saldo com a Suíça passou de um déficit de R$ 14,401 bilhões para um superávit de R$ 2,140 bilhões. A Irlanda também viu uma queda significativa, com o déficit reduzido de R$ 29,325 bilhões para R$ 9,453 bilhões.
Impacto nas Relações Comerciais
O déficit comercial com a China atingiu o menor nível desde o início da pandemia, totalizando R$ 17,185 bilhões em abril. Embora o déficit com o México e o Canadá também tenha diminuído, houve um aumento em relação ao mesmo mês do ano passado, com o México passando de R$ 13,647 bilhões para R$ 14,023 bilhões.
Esses dados refletem as mudanças nas dinâmicas comerciais provocadas pelos aranceles e pela antecipação de importações. A expectativa é que a redução do déficit em abril possa ter um efeito positivo no crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre.
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