Trump adota protecionismo econômico semelhante ao de líderes latino-americanos

Donald Trump, em 2023, adotou medidas protecionistas nos Estados Unidos, utilizando a Lei de Poderes Econômicos de Emergência Internacional para taxar importações. Essa estratégia gerou debates sobre suas consequências econômicas, lembrando políticas de líderes latino-americanos como Getúlio Vargas e Juan Domingo Perón.

A semelhança entre Trump e líderes latino-americanos é notável. Vargas, na década de 1950, e Perón, em 1947, implementaram políticas de substituição de importações para promover a industrialização e reduzir a dependência externa. Trump, ao anunciar um "muro tarifário" sobre produtos estrangeiros, declarou: "Esta é a nossa declaração de independência econômica."

A estratégia de substituição de importações, que buscava autossuficiência econômica, foi adotada na América Latina entre as décadas de 1930 e 1950. Os governos da região impuseram barreiras tarifárias para proteger indústrias locais. Economistas alertam que essa abordagem pode ter consequências negativas nos EUA, como aumento da inflação e desestímulo à competitividade.

O ex-presidente da Costa Rica, Oscar Arias, destacou que o modelo de substituição de importações foi abandonado na América Latina devido a seus fracassos. A comparação entre Trump e líderes populistas latino-americanos se estende a atitudes políticas, como a eliminação da distinção entre líder e partido.

Recentemente, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) projetou que o crescimento do PIB dos EUA será de 1,6% em 2023, inferior ao esperado para 2024. A tarifa sobre importações, a mais alta desde 1938, pode elevar os preços e prejudicar setores que Trump pretende proteger. Histórias passadas da América Latina servem como advertência sobre os riscos de políticas protecionistas.