Economia

Dólar cai enquanto preço do óleo sobe e impacta decisões do Copom

Alta do petróleo pressiona inflação, enquanto queda do dólar pode influenciar decisão do Copom sobre taxa de juros em cenário econômico desafiador.

Míssil do Irã atinge instalação em Haifa, em Israel (Foto: Rami Shlush/Reuters)

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Petróleo e Dólar: Cenário Atual e Decisões do Copom

O preço do petróleo subiu cerca de 10% após os recentes ataques de Israel ao Irã, enquanto o dólar apresenta uma queda. O Comitê de Política Monetária (Copom) se reúne nesta quarta-feira, 18, para discutir a taxa de juros em um contexto de inflação persistente e desaceleração econômica.

Historicamente, o aumento do petróleo e a valorização do dólar ocorrem simultaneamente em crises geopolíticas, afetando negativamente as economias emergentes. No entanto, neste momento, a situação é distinta. A alta do petróleo, embora significativa, é modesta se comparada a crises anteriores, como a invasão da Ucrânia pela Rússia, que resultou em um aumento de 30% em duas semanas.

A queda do dólar, que já se aproxima de 10% em relação ao real, tem contribuído para uma pressão baixista nos índices de preços. Especialistas indicam que a alta do petróleo pode intensificar a resistência da inflação, caso se mantenha e seja repassada aos preços. Contudo, a produção de petróleo, estimada em 104,8 milhões de barris por dia, supera a demanda de 103,8 milhões, segundo a Agência Internacional de Energia.

Fatores Econômicos em Jogo

A Arábia Saudita e outros membros da Opep estão preparados para compensar a possível saída do Irã do mercado, que produz 3,3 milhões de barris diários. O cenário econômico global, que aponta para uma desaceleração, também influencia a demanda por petróleo. As principais economias, como EUA e China, devem crescer menos, o que pode reduzir ainda mais a demanda.

Além disso, a política monetária dos EUA, marcada pelo protecionismo e sanções, tem gerado desconfiança em relação ao dólar. Desde a retaliação financeira contra a Rússia, os bancos centrais têm aumentado suas reservas de ouro, que hoje somam 36 mil toneladas. Isso reflete uma mudança na confiança em ativos, com gestores globais apostando na desvalorização da moeda americana.

Com a inflação resistente no Brasil, a decisão do Copom será crucial. A alta do petróleo pode pressionar os preços, mas a valorização do real pode limitar os repasses. O comportamento do dólar e do petróleo será determinante para a política de juros, que pode optar por manter ou elevar a Selic em resposta a esses fatores voláteis.

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