21 de jun 2025

UE critica exigências comerciais 'desequilibradas' nas negociações com os EUA
A UE avalia contramedidas e tarifas sobre produtos dos EUA, visando um acordo antes do aumento das tarifas em julho.

União Europeia considera tarifas bilionárias como resposta a novas barreiras comerciais dos EUA (Foto: Bloomberg)
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Os Estados Unidos estão exigindo concessões unilaterais da União Europeia (UE) nas negociações comerciais, o que gerou preocupações sobre a assimetria nas demandas. A UE se prepara para implementar contramedidas e tarifas adicionais sobre produtos americanos, visando um acordo antes do aumento das tarifas em julho.
As exigências dos EUA incluem cotas para exportação de peixes, que a UE considera incompatíveis com as regras da Organização Mundial do Comércio. Além disso, as tarifas propostas não são recíprocas e as exigências de segurança econômica são vistas como exageradas. Mesmo que um acordo seja alcançado, muitas tarifas impostas anteriormente pelo presidente Donald Trump permanecerão em vigor.
A UE busca um entendimento que beneficie ambas as partes, mas a divergência de opiniões entre os países membros pode complicar as negociações. Bruxelas já elaborou uma lista de tarifas adicionais de € 95 bilhões sobre produtos dos EUA, que pode ser afetada por pedidos de concessões internas.
Um porta-voz da Comissão Europeia afirmou que o bloco está comprometido com as negociações e que uma solução negociada continua sendo a prioridade. A pressão é alta, pois as tarifas sobre quase todas as exportações da UE para os EUA podem aumentar para 50% em 9 de julho. Trump tem criticado a UE, alegando que o bloco foi criado para prejudicar os EUA.
As discussões abrangem setores estratégicos, como aço, alumínio, automóveis e produtos farmacêuticos. A UE propôs trabalhar para zerar tarifas sobre carros e bens industriais, mas mantém a autonomia regulatória como uma linha vermelha. Enquanto isso, o bloco já aprovou tarifas sobre € 21 bilhões em produtos americanos, que podem ser implementadas rapidamente.
Além disso, a UE está avaliando áreas estratégicas onde os EUA dependem do bloco, preparando-se para medidas que vão além das tarifas, caso as negociações não avancem de forma satisfatória.
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