24 de jun 2025

Empresas de tecnologia aplicam bilhões em fusão nuclear com retorno incerto
Investimentos em fusão nuclear superam US$ 8 bilhões, impulsionando inovações, mas desafios técnicos ainda podem adiar a comercialização até 2050.

Máquina tokamak, de formato circular, é a aposta da Commenwealth Fusion Systems para gerar energia a partir da fusão nuclear (Foto: Tony Luong/The Washington Post)
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Dentro de uma fábrica em um subúrbio de Boston, trabalhadores montam ímãs gigantes para um reator de fusão nuclear. Este projeto da Commonwealth Fusion Systems é um dos 43 esforços privados nos Estados Unidos e aliados para comercializar a fusão, uma fonte de energia potencialmente ilimitada. Apesar de décadas de pesquisa, a fusão ainda é vista como um desafio técnico.
Recentemente, mais de US$ 8 bilhões foram investidos em startups de fusão, com avanços que tornam a energia de fusão uma possibilidade mais próxima. A China também intensifica seus esforços, construindo um reator que pode superar as instalações dos EUA. O secretário de Energia, Chris Wright, afirmou que a fusão atingiu um ponto de inflexão, onde inovações podem ocorrer rapidamente.
Os investimentos em fusão atraem a atenção de bilionários e gigantes da tecnologia. Genevieve Kinney, da General Catalyst, destacou que a fusão pode transformar a economia global, substituindo tecnologias atuais. No entanto, especialistas alertam que a comercialização pode levar décadas, com desafios técnicos significativos ainda a serem superados.
A corrida pela fusão nuclear envolve não apenas os EUA, mas também países como Alemanha, Japão e Reino Unido. As empresas competem entre si, mas também colaboram em algumas descobertas. A TAE Technologies, por exemplo, está em parceria com o Google para desenvolver um reator na Califórnia.
Enquanto isso, a Type One Energy planeja construir uma usina de fusão no Tennessee, utilizando uma abordagem diferente que promete menos riscos de quebra de equipamentos. A energia de fusão, embora promissora, ainda enfrenta obstáculos técnicos e financeiros, com especialistas como John Holdren alertando que a comercialização pode não ocorrer antes de 2050.
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