26 de jun 2025

Japão enfrenta novos desafios econômicos com tarifas impostas por Trump
Japão enfrenta pressão dos EUA com tarifas, reduzindo crescimento previsto a 0,6% em 2025, enquanto reformas estruturais se tornam urgentes.

Tarifas de Trump geraram queda das ações em abril (Foto: Richard A. Brooks/AFP/Getty Images)
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O Japão, que foi a segunda maior economia do mundo na década de 1980, enfrenta atualmente novas pressões dos Estados Unidos. As tarifas impostas pelo governo americano reduziram a previsão de crescimento japonês para 0,6% em 2025, segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI). Este cenário é um reflexo das tensões comerciais que remontam a décadas.
Na década de 1980, o Japão era visto como um potencial rival dos EUA, mas o alto déficit comercial gerou descontentamento americano. Em 1985, um acordo levou à desvalorização do iene, impactando a competitividade das exportações japonesas. Quarenta anos depois, o Japão ainda lida com desafios econômicos, com seu PIB estagnado em 4 trilhões de dólares, nível semelhante ao dos anos 1990.
Ulrike Schaede, professora de negócios japoneses na Universidade da Califórnia em San Diego, destaca que o crescimento lento não necessariamente indica uma piora nos padrões de vida. O sistema corporativo japonês, que garante empregos vitalícios e pensões, contribui para a estabilidade econômica. Nos últimos anos, aumentos salariais têm impulsionado o consumo interno, embora a inflação tenha alcançado 4% ao ano.
Desafios e Reformas Necessárias
O Banco Central do Japão reagiu ao cenário inflacionário aumentando a taxa de juros para 0,5%, o maior nível em 17 anos. A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) aponta que, para enfrentar os desafios demográficos, são necessárias reformas estruturais que aumentem a produtividade e reduzam os gastos trabalhistas.
O governo japonês também tem ampliado os subsídios, especialmente para energia verde, o que pode favorecer investimentos. Contudo, a necessidade de reformas mais profundas permanece evidente. O Japão deve agir rapidamente para evitar retrocessos em um cenário econômico global em constante mudança.
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