29 de jun 2025

Canadá acelera remoção de barreiras comerciais em resposta a ameaças de Trump
Governo canadense promove reformas para eliminar barreiras comerciais internas e impulsionar a economia diante das tarifas de Donald Trump.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, conversa com a imprensa na Casa Branca, em Washington (Foto: Hu Yousong - 27.jun.25/Xinhua)
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O Canadá está enfrentando um momento crucial em sua economia, com o governo de Chrystia Freeland promovendo reformas para eliminar barreiras comerciais internas. Essas barreiras, que dificultam o fluxo de bens e serviços entre as províncias, têm raízes profundas e são sustentadas por interesses regionais.
As reformas foram impulsionadas pela pressão das tarifas impostas por Donald Trump, que ameaçou anexar o país. Freeland, ministra do Comércio Interno, destacou que a remoção de quotas e impostos poderia resultar em um "renascimento econômico". Ela exemplificou a situação com o comércio de salsichas, afirmando que se um produto é seguro em uma província, deveria ser permitido em outras.
A nova legislação, chamada "Uma Economia Canadense", foi aprovada recentemente e visa facilitar a movimentação de bens e serviços. O impacto econômico é significativo: um estudo do FMI indicou que a remoção dessas barreiras poderia aumentar o PIB per capita do Canadá em 4%. Além disso, a Statistics Canada revelou que as ineficiências atuais equivalem a uma tarifa de 6,9% sobre mercadorias.
Desafios e Oportunidades
Historicamente, tentativas de reformar o comércio interno falharam devido ao lobby de indústrias locais. Freeland reconheceu que "todas essas barreiras existem por uma razão". A urgência para desbloquear o comércio interno aumentou após Trump interromper negociações comerciais e ameaçar novas tarifas.
O primeiro-ministro Mark Carney busca construir "a economia mais forte do G7", e a eliminação das barreiras comerciais é fundamental para isso. O governo também enfrenta críticas por aprovar legislação que fortalece quotas em setores como laticínios e aves, algo que Trump já rotulou de "desgraça".
Empresários, como André Proulx, esperam que as reformas facilitem a venda de produtos, como vinhos, em todo o país. Atualmente, os preços são inflacionados por impostos e margens de lucro excessivas. Proulx destacou que a burocracia existente impede a competitividade com vinhos de outros países.
O Caminho à Frente
Freeland enfatizou que o comércio interno representa quase 20% do PIB canadense, mas mais de 75% do comércio do país é com os EUA. O governo está determinado a impulsionar o comércio interno para compensar as perdas causadas pelas tarifas americanas.
A colaboração entre províncias é essencial. O primeiro-ministro de Ontário, Doug Ford, já assinou acordos para derrubar barreiras e facilitar a movimentação de profissionais. Grupos da indústria também estão se mobilizando para simplificar a burocracia.
Apesar das dificuldades, Freeland acredita que o patriotismo emergente no Canadá pode ser transformado em prosperidade econômica. O momento é decisivo para o futuro do comércio interno e para a recuperação econômica do país.
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