Economia

Tarifas de Trump geram filas e atrasos em portos da Europa

Portos europeus enfrentam congestionamento severo, com navios aguardando dias para carregar, impactando a logística global.

Um navio com contêineres no Porto de Hamburgo, na Alemanha (Foto: Morris Mac Matzen - 26.mar.20/AFP)

Um navio com contêineres no Porto de Hamburgo, na Alemanha (Foto: Morris Mac Matzen - 26.mar.20/AFP)

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As políticas tarifárias de Donald Trump e a pandemia de coronavírus estão contribuindo para o pior congestionamento da cadeia de suprimentos na Europa desde o início da crise sanitária. Navios aguardam dias para carregar mercadorias, especialmente nos portos de Roterdã, Antuérpia e Hamburgo. A situação é agravada por baixos níveis dos rios e mudanças nas alianças de navegação.

Empresas de logística relatam que as embarcações estão enfrentando atrasos significativos. Em Antuérpia, os navios estão descarregando com três a cinco dias de atraso, enquanto em Roterdã, a média de espera para carregar contêineres é de 77 horas. Caesar Luikenaar, diretor-gerente da WEC Lines, afirmou que "todos os grandes centros estão transbordando".

Impactos nas Operações

O congestionamento atual é considerado o mais severo desde a pandemia, quando os portos já enfrentavam problemas de pessoal. Albert van Ommen, da Euro-Rijn Group, destacou que a situação é crítica, com navios de contêineres esperando até 66 horas para carregar em Antuérpia. A logística global, que antes permitia estoques mínimos, agora enfrenta desafios sem precedentes.

As mudanças nas políticas tarifárias dos EUA forçaram as linhas de transporte a reestruturar suas operações. Além disso, a seca no rio Reno tem dificultado o carregamento de embarcações, exacerbando a crise. O realinhamento de alianças entre companhias de navegação, como a Maersk e a Mediterranean Shipping Company, também contribui para a instabilidade.

Aumento da Demanda

O aumento das importações da Ásia para a Europa, impulsionado pelas altas tarifas dos EUA, tem gerado um crescimento de 7% ano a ano nos volumes de contêineres. Casper Ellerbaek, da DHL, observou que a Europa está absorvendo uma parte significativa do comércio que antes era destinado aos EUA.

Os operadores de terminais estão correndo para recrutar novos funcionários e adquirir equipamentos para aliviar a pressão. A ECT, operadora em Roterdã, reconheceu que a instalação está "bastante ocupada", enquanto a HHLA, em Hamburgo, não respondeu a solicitações de comentários.

A Autoridade Portuária de Antuérpia-Bruges admitiu o congestionamento, mas afirmou que os sistemas ainda funcionam dentro dos limites planejados. Apesar dos esforços, especialistas indicam que a resolução dos problemas pode levar anos, com Luikenaar alertando que a situação "não vai embora facilmente".

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