Economia

Conflito no Irã afeta perspectivas do agronegócio brasileiro, aponta especialista

Conflito entre Irã e Israel eleva preços de fertilizantes, pressionando custos agrícolas no Brasil e forçando produtores a buscar derivativos.

Fertilizantes mais caros: alta nos preços é resultado do conflito no Irã e pode ser amenizada com os derivativos agrícolas (Foto: Scheffer/Divulgação)

Fertilizantes mais caros: alta nos preços é resultado do conflito no Irã e pode ser amenizada com os derivativos agrícolas (Foto: Scheffer/Divulgação)

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A escalada do conflito entre Irã e Israel em junho resultou em um aumento expressivo nos preços internacionais de fertilizantes, afetando diretamente a agricultura global. O conflito, que durou 12 dias, gerou incertezas sobre o fornecimento de insumos agrícolas, especialmente para o Brasil, que depende fortemente do Irã, um dos maiores produtores de fertilizantes nitrogenados.

Com a guerra, os preços da ureia dispararam mais de U$ 100 por tonelada, encarecendo os custos de produção agrícola no Brasil. Alessandro Delara, professor da Saint Paul Escola de Negócios, destaca que a interrupção da produção no Irã desequilibrou a oferta global. Além disso, o Egito, outro fornecedor importante, também enfrentou dificuldades devido à falta de gás natural, essencial para a produção de fertilizantes.

Impacto no Agronegócio

A instabilidade no fornecimento de fertilizantes gerou preocupações sobre novos bloqueios logísticos, especialmente no Estreito de Hormuz, uma rota crucial para a exportação de petróleo e insumos agrícolas. Mesmo com a proposta de cessar-fogo em andamento desde 24 de junho, autoridades iranianas expressaram "sérias dúvidas" sobre a disposição de Israel em respeitar o acordo, mantendo os mercados em alerta.

Diante desse cenário, produtores brasileiros estão buscando alternativas para mitigar riscos, como os derivativos agrícolas. Esses instrumentos financeiros permitem que os agricultores travem preços de compra ou venda para datas futuras, ajudando a planejar melhor suas atividades, mesmo com o aumento dos custos.

Educação e Gestão de Riscos

A Saint Paul Escola de Negócios, em parceria com a B3 Educação, oferece um curso de formação no mercado de derivativos agrícolas. O programa, ministrado por Delara, aborda desde os fundamentos do mercado até estratégias complexas, capacitando os participantes a gerenciar riscos de volatilidade e a comercializar com maior lucratividade.

Com a utilização de derivativos, o agronegócio brasileiro pode operar com mais previsibilidade, mesmo em tempos de crise global. A formação adequada é essencial para que os players do mercado consigam enfrentar os desafios impostos por conflitos internacionais e oscilações de preços.

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