08 de jul 2025
Emissões da China caem enquanto país investe em energias renováveis
China reduz emissões de carbono pela primeira vez em 2025, impulsionada por energias renováveis, mas enfrenta desafios com investimentos em carvão.

Um campo de painéis solares ao lado de uma usina termelétrica a carvão em Xangai (Foto: Getty Images)
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A China registrou uma queda nas suas emissões de carbono pela primeira vez em 2025, mesmo com o aumento da demanda energética. Este marco é significativo, pois ocorre em um contexto onde o país é responsável por 30% das emissões globais. Dados indicam que as emissões caíram 1,6% em relação ao ano anterior, conforme pesquisa do Centro de Pesquisa em Energia e Ar Limpo.
A redução é atribuída a investimentos massivos em energias renováveis, que agora representam mais de 25% da eletricidade gerada no país. Em abril de 2025, a energia eólica e solar juntas superaram esse percentual pela primeira vez. A China, que já lidera a instalação de capacidade renovável, planeja adicionar 510 gigawatts de energia solar e eólica até o final do ano, um aumento de 57% em relação a 2024.
Desafios e Compromissos
Apesar do progresso, a China ainda enfrenta desafios significativos. O país se comprometeu a reduzir sua intensidade de carbono em 65% até 2030, em comparação com os níveis de 2005. Contudo, continua a investir em infraestrutura de carvão, com 94,5 gigawatts de novos projetos em andamento, representando 93% do total mundial. Especialistas alertam que essa dependência pode dificultar a transição para uma matriz energética mais limpa.
A fabricação de tecnologias verdes também é uma prioridade. Empresas chinesas dominam a produção de turbinas eólicas e painéis solares, respondendo por 60% e 80% da produção global, respectivamente. Essa liderança pode impulsionar a segurança energética do país, reduzindo a dependência de importações.
O Caminho à Frente
Embora as emissões tenham diminuído, a China ainda precisa de um esforço contínuo para cumprir suas metas climáticas. O país alcançou apenas 7,9% de redução na intensidade de carbono até 2024, o que indica que a trajetória deve ser acelerada. Especialistas sugerem que a China pode adotar um papel mais ativo na política climática global, aproveitando a atual dinâmica internacional.
A transição energética da China é complexa, mas os recentes avanços em energias renováveis oferecem um vislumbre de esperança. O futuro do país em relação às emissões de carbono dependerá de políticas eficazes e investimentos contínuos em tecnologias sustentáveis.


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