Mercados europeus abrem em queda após anúncio de tarifas por Trump

Os mercados europeus enfrentam um cenário de volatilidade nesta terça-feira, 8 de julho, com as bolsas previstas para abrir em baixa. O índice FTSE 100 de Londres deve registrar uma queda de 0,3%, enquanto o DAX da Alemanha e o CAC 40 da França devem cair 0,1% cada. A instabilidade é impulsionada por novas tarifas comerciais anunciadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Trump divulgou tarifas de 25% a 40% sobre produtos de 14 países asiáticos, que entrarão em vigor a partir de 1º de agosto. Entre os países afetados estão Japão, Coreia do Sul e Malásia. As reações nos mercados globais foram mistas, com investidores avaliando o impacto das medidas e as possibilidades de acordos comerciais antes do prazo crítico de 9 de julho.

Expectativas de Mercado

O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, afirmou que haverá anúncios comerciais nas próximas 48 horas, aumentando a expectativa de movimentações no mercado. As bolsas asiáticas apresentaram oscilações, enquanto os futuros das ações americanas operam sem uma direção clara. A incerteza é palpável, especialmente com a falta de dados econômicos robustos nos EUA.

Os índices futuros de Nova York estão mistos, refletindo a transição do temor inicial com as tarifas para uma expectativa de acordo. A confiança no mercado europeu permanece, com investidores apostando em um desfecho negociado. A ausência de cartas para a União Europeia e Índia levanta questões sobre possíveis acordos em andamento.

Impacto das Tarifas

As novas tarifas afetam produtos exportados para os EUA de países como Japão e Coreia do Sul, que enfrentarão tarifas de 25%. Outros países, como Indonésia e Bangladesh, também serão impactados, com tarifas que chegam a 36%. A expectativa é que a taxa efetiva de tarifas sobre as importações dos EUA possa aumentar de 15,5% para 17,3%.

Os mercados europeus estão atentos às negociações entre a União Europeia e os EUA, com a esperança de que um novo cronograma para tarifas não seja divulgado nesta terça-feira. O clima otimista na Europa contrasta com a incerteza nos Estados Unidos, onde a falta de dados econômicos pode intensificar as flutuações nos índices.