11 de jul 2025
Economia do Reino Unido encolhe novamente em maio, frustrando expectativas de recuperação
O PIB do Reino Unido contraiu 0,1% em maio, reforçando as previsões de crescimento negativo e a possibilidade de cortes nas taxas de juros.

Londres. (Foto: Dukas | Universal Images Group | Getty Images)
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A economia do Reino Unido enfrentou um novo revés em maio, com uma contração de 0,1% no PIB, conforme dados divulgados na última sexta-feira. Este resultado surpreendeu analistas, que esperavam um crescimento de 0,1%. A queda foi impulsionada por uma redução de 0,9% na produção e 0,6% na construção.
Esse desempenho negativo segue uma contração de 0,3% em abril, período marcado por aumentos de impostos e a implementação de tarifas comerciais dos EUA, que geraram incertezas no ambiente de negócios. A situação é um desafio para a Ministra das Finanças, Rachel Reeves, que busca revitalizar o crescimento econômico e reduzir o déficit orçamentário do país.
Desafios Econômicos
O impacto das tarifas comerciais dos EUA, especialmente a tarifa de 10% imposta pelo ex-presidente Donald Trump, afetou diretamente o Reino Unido, que, apesar de ter um saldo comercial equilibrado com os EUA em bens, possui um superávit significativo em serviços. Embora o Reino Unido tenha firmado um acordo comercial com os EUA, a economia doméstica continua a enfrentar dificuldades.
As previsões para o restante do ano são pessimistas, com economistas apontando para um crescimento mais lento devido a um mercado de trabalho enfraquecido e incertezas econômicas persistentes. O Banco da Inglaterra (BoE) já sinalizou a possibilidade de cortes nas taxas de juros, com uma probabilidade de 80% de uma redução em agosto.
Expectativas Futuras
Sanjay Raja, economista-chefe do Deutsche Bank no Reino Unido, afirmou que os dados de maio indicam que as expectativas de crescimento do BoE podem estar superestimadas. Apesar disso, ele acredita que a economia não está "falhando", citando indicadores de confiança entre consumidores e empresas.
O BoE já reduziu as taxas de juros de 5,25% para 4,25% no último ano, em um ritmo mais lento do que o Banco Central Europeu. A próxima estimativa do PIB para o segundo trimestre será divulgada em 14 de agosto, e as expectativas são de que o crescimento continue a ser desafiador, com uma previsão de 1% para 2025.
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