Mercados enfrentam queda tecnológica; Nasdaq continua a perder para S&P 500 e Dow Jones

O índice Nasdaq Composite apresentou queda pelo quinto dia consecutivo, enquanto o S&P 500 e o Dow Jones Industrial Average registraram altas na terça-feira. A queda do Nasdaq, de 0,23%, ocorre em meio a um cenário de vendas no setor de tecnologia, com todas as ações das chamadas "Magnificent Seven" em baixa, destacando-se as perdas de Meta, Tesla e Nvidia. A pressão no setor é intensificada por anúncios de demissões e congelamento de contratações, como o feito pela Microsoft, que decidiu pausar a contratação em parte de sua unidade de consultoria.

Em um contexto mais amplo, o índice Stoxx 600 da Europa também teve uma leve queda de 0,08%, perdendo ganhos anteriores. A BP viu suas ações caírem 2,5% após anunciar que seu lucro no quarto trimestre pode ser impactado em até 300 milhões de dólares devido a margens de refino mais fracas. Além disso, os preços ao produtor nos EUA subiram apenas 0,2% em dezembro, abaixo da expectativa de 0,4%, refletindo uma desaceleração no aumento de preços.

O bilionário Elon Musk enfrenta um processo da SEC, que o acusa de fraude de valores mobiliários por não divulgar sua participação na Twitter antes de sua aquisição em 2022. A SEC alega que Musk não informou ao público sobre sua posse superior a 5% da empresa, o que exigiria divulgação em até dez dias. Essa situação se desenrola em um cenário onde o índice do dólar dos EUA atingiu seu maior nível em mais de dois anos, influenciando os mercados europeus.

Apesar das dificuldades no setor de tecnologia, alguns analistas acreditam que a recente venda no Nasdaq pode ser apenas um ajuste menor, e não o início de uma queda acentuada. Jay Hatfield, fundador da Infrastructure Capital Advisors, expressou otimismo em relação aos lucros no quarto trimestre, afirmando que a economia está forte e que os CEOs estão geralmente otimistas sobre o futuro, especialmente com a expectativa de um ambiente favorável aos negócios. A movimentação de investidores em direção a setores como utilidades e financeiros sugere uma possível rotação setorial, que dependerá dos dados do índice de preços ao consumidor a serem divulgados em breve.