Lululemon enfrenta dificuldades após forte alta; analistas apontam níveis de resistência a observar

Nos últimos doze meses, as ações de varejo enfrentaram dificuldades, mas a Lululemon Athletica se destacou com uma recuperação significativa no quarto trimestre. No entanto, análises recentes indicam que essa fase de alta pode ter chegado ao fim. Desde o final de 2023, o S&P 500 subiu cerca de 24%, enquanto o Nasdaq 100 teve um desempenho ligeiramente superior, com 26% de avanço. Em contraste, o SPDR S&P Retail ETF (XRT) apresentou um crescimento de apenas 8% no mesmo período.

Apesar de um desempenho forte do setor de varejo no quarto trimestre de 2024, o XRT perdeu grande parte dessa valorização entre meados de dezembro e janeiro. A Lululemon, que viu suas ações atingirem um mínimo de R$ 225 em agosto, experimentou uma mudança técnica significativa até dezembro, passando de uma tendência de baixa para uma tendência de alta, com máximas e mínimas ascendentes. O índice de força relativa (RSI) permaneceu em uma faixa de baixa até outubro, quando começou a mostrar sinais de recuperação.

Utilizando uma estrutura de Fibonacci, os analistas identificaram níveis de resistência em torno de R$ 337 e R$ 406. O nível de 38,2% foi alcançado em dezembro, mas um resultado positivo nos lucros levou a um aumento que testou o nível de 61,8% em R$ 406, que agora é considerado o provável fim da fase de alta. A incapacidade da Lululemon de ultrapassar essa resistência sugere um cenário de baixa até que se prove o contrário.

Para o futuro, um novo alvo de baixa foi estabelecido em torno de R$ 346, logo abaixo da média móvel de 50 dias, que frequentemente atua como suporte. Se esse nível for rompido, os próximos alvos de baixa seriam a média móvel de 200 dias em R$ 312 e o nível de 61,8% em R$ 300. O indicador PPO, que gerou um sinal de venda em dezembro, confirma que a fase de alta anterior foi encerrada, indicando que os investidores da Lululemon podem enfrentar mais desafios.