Economia

Taxas de juros de longo prazo caem no Brasil após queda de ações de inteligência artificial

As taxas dos DIs de longo prazo no Brasil fecharam em baixa, influenciadas pela queda das ações de IA. O mercado agora vê 90% de chance de aumento de 100 pontos base na Selic na próxima reunião do Copom. Expectativas de inflação deterioraram, com projeções do IPCA para 2025 subindo de 5,08% para 5,50%. O déficit fiscal projetado também piorou, com estimativas de 8,72% do PIB em 2025. A aversão ao risco levou investidores a buscar Treasuries, impactando os yields globalmente.

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As taxas dos DIs de longo prazo no Brasil encerraram a segunda-feira em queda, refletindo a diminuição dos rendimentos dos Treasuries no exterior. Essa movimentação ocorreu em um contexto de aversão ao risco, impulsionada pela forte queda nas ações de empresas de inteligência artificial globalmente. No segmento de curto prazo, as variações foram mais sutis, com a curva de juros indicando um cenário desafiador para a inflação, especialmente com a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central se aproximando.

No final da tarde, a taxa do DI para julho de 2025 estava em 14,14%, ligeiramente acima do ajuste anterior de 14,133%. Para janeiro de 2026, a taxa subiu para 15,145%, em comparação com 15,132% da sessão anterior. Entre os contratos mais longos, a taxa para janeiro de 2031 caiu para 15,02%, enquanto a de janeiro de 2033 foi para 14,94%. A queda nas taxas foi influenciada pela notícia do lançamento de um assistente de IA pela startup chinesa DeepSeek, que provocou uma queda acentuada nas ações ligadas à tecnologia.

A aversão a ativos de maior risco levou investidores a retirar recursos das bolsas e a comprar Treasuries, resultando em uma pressão sobre os yields. No Brasil, as taxas dos DIs de longo prazo seguiram a tendência de queda observada na curva norte-americana. Às 10h45, a taxa para janeiro de 2031 atingiu a mínima de 14,97%, uma redução de 17 pontos-base em relação ao ajuste anterior. Na ponta curta, as taxas apresentaram movimentos mais moderados, com investidores aguardando a decisão do Copom.

Perto do fechamento, a curva a termo indicava 90% de probabilidade de um aumento de 100 pontos-base na taxa Selic, atualmente em 12,25% ao ano. As comunicações recentes do Banco Central têm sido fundamentais para essa expectativa. O relatório Focus revelou uma deterioração nas projeções de inflação, com a mediana para o IPCA de 2025 subindo de 5,08% para 5,50%. O cenário fiscal também se agravou, com o mercado prevendo um déficit nominal de 8,72% do PIB em 2025. Às 16h36, o rendimento do Treasury de dez anos caiu para 4,544%, refletindo a tendência global.

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