29 de jan 2025
Dólar atinge menor valor desde novembro enquanto mercados aguardam decisões de juros
O dólar comercial caiu para R$ 5,86, o menor valor desde novembro de 2024. O Copom deve elevar a Selic em 1 ponto percentual, atingindo 13,25% ao ano. O Federal Reserve deve manter a taxa de juros entre 4,25% e 4,5%, evitando cortes. Expectativas de inflação nos EUA e Brasil influenciam decisões dos bancos centrais. A valorização do real reflete incertezas sobre a política tarifária dos EUA.
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O dólar comercial encerrou a sessão de ontem em queda, cotado a R$ 5,86, o menor nível desde novembro de 2024. Essa desvalorização ocorre em um contexto de maior tranquilidade em relação ao plano tarifário do presidente dos EUA, Donald Trump, que incluiu o Brasil em uma lista de países que, segundo ele, "prejudicam os EUA". O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil se reúne hoje e deve elevar a Selic em 1 ponto percentual, alcançando 13,25% ao ano. As expectativas são de que o BC continue a aumentar os juros em futuras reuniões.
Nos Estados Unidos, o Federal Reserve (Fed) também se reúne e é esperado que mantenha a taxa de juros na faixa de 4,25% a 4,5% ao ano, interrompendo um ciclo de cortes. A decisão do Fed é influenciada pela percepção de que a inflação pode ter se estabilizado acima da meta, com o índice PCE de novembro em 2,4%. A coletiva de imprensa do presidente do Fed, Jerome Powell, será acompanhada de perto, especialmente após as recentes tensões políticas envolvendo Trump.
O Ibovespa, principal índice da B3, apresentou queda, recuando para 123,9 mil pontos, pressionado pela desvalorização das ações da Petrobras, que discute sua política de preços de combustíveis. As commodities, que costumam impulsionar o índice, também estão em baixa, com o petróleo operando em queda e o minério de ferro sem cotação devido ao feriado de Ano Novo Chinês.
A arrecadação federal brasileira atingiu um recorde de R$ 2,7 trilhões em 2024, um crescimento real de 10% em relação ao ano anterior, impulsionada por tributações sobre fundos fechados e off-shores. No entanto, a expectativa de aumento da Selic e a incerteza em relação à política fiscal do governo podem impactar o cenário econômico no país ao longo do ano.
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