Apple divulga resultados do primeiro trimestre e analistas observam vendas de iPhones

A Apple divulgará seus resultados do primeiro trimestre fiscal na quinta-feira, e o foco de Wall Street estará nas tendências de vendas do iPhone, que é crucial para o desempenho da empresa. Embora analistas não estejam preocupados com os resultados do trimestre de dezembro, muitos aguardam sinais sobre o desempenho do trimestre de março. Dados da cadeia de suprimentos indicam uma queda nas vendas na China, e a falta de disponibilidade do Apple Intelligence, conjunto de recursos de inteligência artificial da empresa, pode impactar a demanda.

O analista da Loop Capital, Ananda Baruah, destacou que a demanda pelo iPhone 16 não foi impulsionada pela introdução do iOS 18 e suas funcionalidades de inteligência artificial, resultando em uma demanda mais fraca. A Apple não divulga suas vendas unitárias, mas o novo CFO, Kevan Parekh, deve fornecer dados que ajudem a estimar os ganhos por ação e a receita para o trimestre de março. A LSEG estima um crescimento de 3,8% na receita anual, alcançando US$ 124,13 bilhões.

Analistas também estarão atentos à possibilidade de que consumidores na China estejam mudando suas preferências para marcas locais, o que poderia impactar as vendas da Apple. O analista da Goldman Sachs, Michael Ng, mencionou que a crescente competição no mercado de smartphones é impulsionada pela preferência por marcas domésticas. Por outro lado, o setor de serviços da Apple, que inclui garantias e o serviço de streaming Apple TV+, pode crescer até 14% anualmente, ajudando a compensar a queda nas vendas do iPhone.

A Apple enfrentará questionamentos sobre sua estratégia em relação às tarifas propostas por Trump e sua abordagem em inteligência artificial. As expectativas para o trimestre de março incluem US$ 1,66 em ganhos por ação e US$ 95,46 bilhões em receita. Apesar das preocupações com a desaceleração do mercado na China, alguns analistas, como Wamsi Mohan do Bank of America, acreditam que as preocupações estão exageradas e que a Apple pode se beneficiar de cortes de preços e subsídios governamentais.