Dover projeta lucros promissores e eleva meta de preço para ações industriais com vínculos em IA

As ações da Dover tiveram um aumento significativo na quinta-feira, impulsionadas por uma perspectiva de lucratividade robusta para o próximo ano, que ofuscou alguns pontos negativos nos resultados do quarto trimestre. A receita do quarto trimestre cresceu 1,3% em relação ao ano anterior, totalizando US$ 1,93 bilhões, embora abaixo da expectativa de US$ 1,95 bilhões. O lucro ajustado por ação (EPS) foi de US$ 2,20, superando a previsão de US$ 2,08. Durante a tarde, as ações da Dover subiram quase 4%, alcançando cerca de US$ 205 por ação, após atingir um recorde intradiário de US$ 214,57.

Apesar de um desempenho misto no último trimestre, a empresa se mostra bem posicionada para 2025, com um aumento nas reservas orgânicas e margens em expansão esperadas em todos os segmentos operacionais. O CEO Richard Tobin afirmou que a empresa tem "um espaço significativo para melhoria de margem" e que está preparada para um crescimento de dois dígitos no EPS em 2025, impulsionado por crescimento de receita, melhoria de margens e alocação de capital. Em resposta a essa perspectiva otimista, a recomendação de compra foi reafirmada, com o preço-alvo elevado de US$ 215 para US$ 230 por ação.

A Dover apresentou crescimento nas reservas por cinco trimestres consecutivos, com um índice de pedidos superior a um, indicando um aumento no backlog. O segmento de produtos projetados, que atende a mercados como reparo de veículos e defesa, teve um crescimento orgânico de 2%. O segmento de energia limpa e abastecimento cresceu 8%, enquanto o setor de biopharma registrou um aumento de 3% na receita. A empresa também destacou a robustez do mercado de conectores térmicos para data centers, um componente chave de sua estratégia.

Para 2025, a Dover espera um EPS ajustado entre US$ 9,30 e US$ 9,50, com crescimento de receita de 2% a 4%. A expectativa é de expansão de margens em todos os segmentos, com crescimento orgânico de receita variando de um dígito baixo a médio. A empresa também prevê que 20% de seu portfólio cresça em dois dígitos, refletindo um otimismo cauteloso sobre o desempenho futuro.