Economia

Alta da Selic acende alerta sobre endividamento e afeta mercado imobiliário

O Copom elevou a Selic para 13,25%, o maior nível desde setembro de 2023. A alta dos juros encarece o crédito, afetando negativamente o mercado imobiliário. Apesar do recorde de R$ 312 bilhões em crédito imobiliário, vendas devem cair. Classe média será a mais impactada, enquanto a alta renda não depende de financiamentos. Aumento da Selic pode gerar oportunidades, como descontos e interesse de investidores estrangeiros.

Carteira, dinheiro, inadimplência, comércio, dívida - Presidente Prudente (SP) (Foto: Bárbara Munhoz/g1)

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A recente elevação da taxa Selic pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil, anunciada na quarta-feira (29), levou a taxa básica a 13,25% ao ano, o maior nível desde setembro de 2023. Especialistas alertam que essa alta, junto com a possibilidade de novas elevações, tornará o crédito mais caro e restrito, aumentando a perspectiva de inadimplência. Apesar do crescimento na concessão de crédito nos últimos meses, a expectativa é que 2024 seja um ano desafiador para os consumidores, que devem revisar seus orçamentos e contratos de crédito.

No setor imobiliário, a reação foi negativa, com a alta dos juros encarecendo o crédito e reduzindo a capacidade de financiamento dos compradores. Mesmo assim, a concessão de crédito imobiliário em 2024 atingiu R$ 312 bilhões, um crescimento de 25% em relação ao ano anterior. Flávia Moraes, professora de economia, observa que a decisão de compra de imóveis deve considerar o aumento das taxas de juros, que tende a desvalorizar ativos como imóveis.

A ABRAINC destacou que cada ponto percentual adicional na Selic pode aumentar em R$ 48 bilhões o custo anual da dívida pública, afetando diretamente empresas e famílias. Em 2024, o número de pedidos de recuperação judicial atingiu 2,2 mil, um recorde desde 2005, com um aumento de 61,8% em relação ao ano anterior. O presidente da ABRAINC, Luiz França, enfatiza a necessidade de medidas para controlar a dívida pública e permitir um ambiente de juros saudáveis.

Os financiamentos imobiliários se tornarão mais caros, impactando principalmente a classe média. Especialistas afirmam que a alta da Selic pode desestimular a compra de imóveis, já que muitos investidores preferem manter seus recursos aplicados em vez de financiar a compra. Apesar dos desafios, a alta da Selic pode gerar oportunidades, como campanhas de desconto e maior interesse de compradores estrangeiros, beneficiados pela valorização do dólar.

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