05 de fev 2025
Ações da AMD caem 10% após resultados decepcionantes em vendas de data center
A AMD reportou vendas de $3,86 bilhões em chips para data centers, crescimento de 69%. Apesar do crescimento, o valor ficou abaixo da previsão de $4,14 bilhões, impactando ações. A receita total do segmento de data centers cresceu 94%, alcançando $12,6 bilhões em 2024. A empresa enfrenta forte concorrência da Nvidia, líder em chips de IA, com valor de mercado de quase $3 trilhões. Analistas rebaixaram as estimativas para a AMD, refletindo incertezas sobre seu crescimento futuro.
"Lisa Su, presidente e CEO da Advanced Micro Devices Inc., durante o evento AMD Advancing AI em San Jose, Califórnia, em 6 de dezembro de 2023. (Foto: David Paul Morris | Bloomberg | Getty Images)"
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As ações da Advanced Micro Devices (AMD) caíram mais de 10% na quarta-feira após a empresa não atender às expectativas do mercado para sua importante unidade de data center. Embora a AMD tenha reportado resultados melhores do que o esperado em termos de receita e lucro, as vendas de data center totalizaram R$ 3,86 bilhões, um crescimento de 69% em relação ao ano anterior, mas abaixo dos R$ 4,14 bilhões previstos por analistas da LSEG. A unidade de data center, que vende chips avançados, se beneficiou da crescente demanda por unidades de processamento gráfico, especialmente com o aumento do uso de ferramentas de inteligência artificial.
No quarto trimestre, a AMD registrou um lucro líquido de R$ 482 milhões, ou 29 centavos por ação, uma queda em relação aos R$ 667 milhões do mesmo período do ano anterior. A empresa espera vendas de R$ 7,1 bilhões no primeiro trimestre de 2025, com uma margem bruta projetada de cerca de 54%. Apesar do crescimento de 94% na receita do data center para R$ 12,6 bilhões no ano, a previsão de vendas não atendeu às expectativas, levando a uma queda de 9% nas ações durante o pregão pré-mercado.
Analistas ajustaram suas previsões para a AMD após a divulgação dos resultados. A Bernstein reduziu o preço-alvo de R$ 150 para R$ 125, mantendo a classificação de desempenho de mercado. A JPMorgan também cortou sua meta de R$ 180 para R$ 130, citando a necessidade de investimentos em pesquisa e desenvolvimento para manter a competitividade. A Bank of America e a Morgan Stanley seguiram o mesmo caminho, reduzindo suas previsões de preço, enquanto a UBS manteve uma classificação de compra, mas diminuiu o alvo de R$ 190 para R$ 175.
A situação da AMD reflete um cenário desafiador no mercado de chips, onde a empresa enfrenta forte concorrência da Nvidia, líder em chips de IA. A CEO Lisa Su destacou o potencial de crescimento da AMD, especialmente em sua linha de produtos voltados para IA, mas a falta de clareza sobre como a empresa se posicionará contra a dominância da Nvidia e a crescente importância de chips ASIC personalizados para IA gerou incertezas. A AMD continua a ser um jogador importante no setor, mas as expectativas de crescimento precisam ser cuidadosamente avaliadas à luz dos resultados recentes.
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