Economia

ETFs de renda fixa ganham destaque em meio à volatilidade da Selic no Brasil

ETFs de renda fixa representam apenas 19% dos recursos em ETFs no Brasil. Volatilidade da Selic pode impulsionar crescimento desses fundos, segundo especialistas. ETFs oferecem agilidade, diversificação e benefícios tributários atraentes. Investidores devem ter perfil antenado para lidar com a volatilidade dos ETFs. Barreiras culturais e falta de conhecimento dificultam adesão de pequenos investidores.

renda fixa (Foto: Freepik)

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Os ETFs de renda fixa no Brasil enfrentam desafios para ganhar popularidade, mas a atual volatilidade nas expectativas sobre a Selic pode abrir oportunidades para seu crescimento. Especialistas apontam que esses fundos podem ser opções vantajosas para investidores que buscam estratégias mais táticas em um cenário de juros elevados. Com a possibilidade de obter retornos superiores aos títulos isolados, os ETFs podem se beneficiar das oscilações no mercado secundário, onde os preços dos títulos são negociados.

Atualmente, os ETFs de renda fixa representam menos de 19% dos recursos em ETFs e apenas 0,12% do total dos fundos de investimento no Brasil, conforme dados da Anbima. Filipe Arend, chefe de renda fixa da FAZ Capital, destaca que esses fundos oferecem agilidade, diversificação a custos menores e vantagens tributárias. A marcação a mercado, que reflete a precificação diária dos ativos, é crucial para entender a dinâmica desses investimentos, que podem apresentar volatilidade mesmo quando compostos por títulos do Tesouro.

A expectativa de queda nas taxas de juros pode valorizar as cotas dos ETFs que replicam índices como o NTN-B e títulos prefixados. No entanto, Antonio Sanches, analista da Rico, alerta que nem todos os ETFs superam consistentemente o CDI. Ele observa que, embora os ETFs de renda fixa possam ser mais complexos que a compra direta de títulos, eles são mais adequados para investidores que acompanham o mercado e estão dispostos a lidar com a volatilidade.

Apesar das vantagens, os ETFs de renda fixa ainda enfrentam barreiras para atrair investidores, especialmente pessoas físicas. Renato Eid, da Itaú Asset Management, menciona que a cultura de investimento em ETFs é menos difundida no Brasil. A previsibilidade dos títulos diretos contrasta com a volatilidade dos ETFs, que não têm um prazo de vencimento fixo, o que pode desestimular investidores mais conservadores. A combinação de liquidez e um regime tributário favorável torna os ETFs uma alternativa interessante, mas a falta de demanda e o alto custo de lançamento de novos índices limitam seu crescimento no mercado.

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