11 de fev 2025
ETFs ativos superam fundos passivos e dominam novos lançamentos no mercado global
Estudo da Morningstar revela que 71% dos novos ETFs são ativos entre 2020 2024. Em 2019, apenas 16% dos ETFs lançados eram ativos, refletindo uma mudança significativa. CVM ainda não regula ETFs ativos no Brasil, mas está aberta a discutir mudanças. XP destaca que ETFs ativos oferecem liquidez e menores custos em comparação a fundos tradicionais. Educação financeira é crucial para familiarizar investidores com ETFs ativos no Brasil.
Foto: Reprodução
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Os fundos de investimentos negociados em bolsa (ETFs) ativos estão se tornando predominantes no mercado global, com uma mudança significativa desde 2019. Naquele ano, apenas 16% dos novos ETFs eram ativos, enquanto 84% eram passivos, que replicam indicadores de mercado. Entre 2020 e 2024, essa proporção mudou para 71% de ETFs ativos e 29% passivos, conforme estudo da Morningstar. Essa transformação foi impulsionada por uma nova regulação da Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC), que modernizou as normas e facilitou o desenvolvimento dos ETFs ativos.
No Brasil, o crescimento dos ETFs com gestão passiva, conhecidos como fundos de índices, é notável. Esses fundos visam oferecer uma remuneração equivalente ao desempenho de um índice de referência, com taxas de administração que podem chegar a 0,5%, em comparação com até 2% dos fundos tradicionais. Entretanto, os ETFs ativos nos EUA permitem que gestores escolham os ativos, potencialmente superando o desempenho do índice. No Brasil, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) ainda não regula os ETFs ativos, classificando-os como fundos de índice, mas está aberta a discutir mudanças.
A evolução dos ETFs ativos traz implicações significativas para a indústria de investimentos, segundo a plataforma XP. A corretora destaca que essa mudança oferece aos investidores uma variedade de estratégias e soluções personalizadas, antes disponíveis apenas em fundos tradicionais. Além disso, a competição com esses fundos se intensifica, uma vez que os ETFs ativos oferecem maior liquidez e custos mais baixos, desafiando as altas taxas de administração dos fundos convencionais.
Clara Sodré, analista da XP, aponta que a gestão ativa apresenta diversas vantagens, como a experiência dos profissionais e acesso a estratégias diversificadas. Para o avanço dos ETFs ativos no Brasil, é necessária uma regulação que permita essa gestão, além de uma maior educação financeira dos investidores. A adoção por alocadores institucionais, como fundos de pensão, também é vista como um fator crucial para impulsionar o crescimento desses produtos no mercado brasileiro.
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