14 de fev 2025
Usiminas apresenta resultados do 4T24 e projeta crescimento em 2025, mas ações caem
Usiminas reportou Ebitda ajustado de R$ 518 milhões, alta de 60% anual, mas abaixo das expectativas. A empresa planeja aumentar exportações para projetos de óleo e gás na Argentina, destacando a importância regional. Projeção de capex para 2025 foi atualizada para R$ 1,4 bilhão a R$ 1,6 bilhão, melhorando fluxo de caixa. Executivos expressaram preocupações sobre importações de aço no Brasil e a necessidade de medidas antidumping. Lucro líquido de 2024 caiu para R$ 3 milhões, refletindo perdas cambiais e queda nos preços do aço.
Funcionário trabalha em forno da Usiminas em Ipatinga, Minas Gerais (Foto: Alexandre Mota/Reuters)
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A siderúrgica Usiminas (USIM5) divulgou seus resultados do quarto trimestre de 2024, reportando um Ebitda ajustado de R$ 518 milhões, o que representa um aumento de 60% em relação ao ano anterior. Apesar de ter ficado 7% abaixo do consenso de mercado de R$ 558 milhões, o resultado superou a estimativa do Morgan Stanley, que era de R$ 459 milhões, principalmente devido à redução nas despesas operacionais. Às 11h10, as ações da Usiminas caíam 1,19%, cotadas a R$ 5,80.
O Itaú BBA avaliou que os resultados estão em linha com as expectativas, destacando uma melhora nos resultados de mineração que compensou a leve queda no setor de aço. A empresa prevê um capex entre R$ 1,4 bilhão e R$ 1,6 bilhão para 2025, abaixo da previsão do BBA de R$ 1,8 bilhão, o que pode melhorar a geração de fluxo de caixa. O Bradesco BBI e o JPMorgan também comentaram sobre os resultados, com o último reiterando uma recomendação de venda e um preço-alvo de R$ 5.
Em teleconferência, executivos da Usiminas informaram que a empresa está focada em aumentar as exportações de produtos para projetos de óleo e gás na Argentina, considerando o país como uma extensão do Brasil. O diretor vice-presidente comercial, Miguel Homes, destacou que a Usiminas tem se destacado na região, atendendo setores como automotivo e energia renovável. No entanto, a empresa enfrenta desafios com o aumento das importações no Brasil, que cresceram mais de 50% nos últimos dois anos.
O CEO da Usiminas, Marcelo Chara, expressou preocupação com a baixa defesa do Brasil contra importações, especialmente da China, e defendeu a necessidade de medidas antidumping. Em 2024, a Usiminas registrou um lucro líquido de R$ 3 milhões, uma queda significativa em relação ao ano anterior, e um prejuízo de R$ 117 milhões no quarto trimestre. A receita líquida foi de R$ 25,8 bilhões, uma redução de 6% devido a preços menores de aço. Chara também mencionou que a empresa está focada em aumentar a eficiência e competitividade, apesar dos desafios do mercado.
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