18 de fev 2025
Copasa apresenta forte perspectiva de dividendos, mas analistas mantêm recomendação neutra
A Copasa (CSMG3) teve ganhos de 19% em 2025, superando índices de mercado. Itaú BBA e Bradesco BBI iniciaram cobertura neutra, com preços alvo de R$ 24,10 e R$ 25. Bradesco BBI reduziu lucro líquido estimado para o 4T24 devido à desvalorização cambial. Distribuição de dividendos pode ser limitada por covenants financeiros e ajustes regulatórios. Expectativa de dividendos extraordinários em 2024, mas cautela é necessária no cenário atual.
Foto: Reprodução
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A ação da Copasa (CSMG3) apresenta um crescimento acumulado de 19% em 2025 e 12% nos últimos meses, superando o Ibovespa e o IEEX (índice de energia elétrica). Esse desempenho é impulsionado pela expectativa de fortes dividendos no curto prazo. No entanto, os analistas do Itaú BBA e do Bradesco BBI mantêm uma visão neutra sobre os ativos. O Itaú BBA, que retomou a cobertura da Copasa, estabeleceu um preço-alvo de R$ 24,10 por ação até o final de 2025, destacando os dividendos atrativos e as discussões regulatórias que podem agregar valor à empresa.
Os analistas do BBA projetam um rendimento de 11% para 2024 e 10,4% para 2025, considerando dividendos extraordinários. Contudo, esperam uma redução do rendimento de dividendos recorrente para 5,3% em 2026, devido a um reajuste tarifário negativo. A ação é considerada precificada de forma justa, com um múltiplo EV/RAB implícito de 0,98 vez, próximo ao múltiplo justo de 0,97 vez. O banco expressa ceticismo quanto à privatização da empresa e antecipa um reajuste tarifário negativo no próximo ano, embora veja potencial para aumentos tarifários reais a partir de janeiro de 2027.
O Bradesco BBI também reiterou a recomendação neutra, com preço-alvo de R$ 25, após reduzir as estimativas de lucro líquido para o 4T24 de R$ 368 milhões para R$ 299 milhões, impactado pela desvalorização cambial. Os analistas estão preocupados com a possibilidade de dividendos adicionais, que devem ser declarados junto aos resultados do 4T24, devido à reserva de lucro líquido acumulada. A legislação brasileira limita essa reserva ao capital integralizado, obrigando a Copasa a capitalizar ou distribuir o excedente.
A empresa já adotou essa estratégia em abril de 2024 e deve repetir no 1T25, com a reserva de lucro líquido excedente prevista em R$ 860 milhões. O Bradesco BBI aponta que os covenants de passivo/patrimônio líquido e a relação Dívida Líquida/EBITDA atuam como limites para a distribuição total de dividendos, refletindo uma postura cautelosa da administração diante do cenário macroeconômico volátil do Brasil.
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