Ricos preferem ETFs de renda fixa e internacionais em meio à cautela do mercado

Os investidores brasileiros permanecem cautelosos, mesmo com a alta da bolsa em janeiro. A expectativa de mais um aumento de 1 ponto percentual na Selic pelo Banco Central mantém a renda fixa como a principal escolha entre os mais ricos. Um levantamento da Smartbrain, que analisa mais de R$ 250 bilhões em patrimônio, revela que os fundos de índices (ETFs) lideram as preferências, especialmente os de renda fixa e internacionais.

O estudo categoriza os investidores em quatro segmentos: varejo, alta renda, private e ultra high. A renda fixa representa 47,98% do portfólio, um leve aumento em relação a dezembro. Os multimercados seguem com 29,75%, enquanto os produtos de previdência subiram de 7,96% para 8,20%. Em contrapartida, as ações caíram de 8,12% para 7,76%, mesmo com a valorização do Ibovespa.

Os ETFs que mais se destacaram foram o B5P211, que acompanha títulos públicos indexados à inflação, e o DEBB11, que replica o Índice Teva Debêntures DI. Outros ETFs notáveis incluem o DIVO11, WRLD11, IVVB11 e HASH11. Além disso, ações da Itaúsa (ITSA4) e do Banco do Brasil (BBAS3) também figuram entre os ativos preferidos, devido à sua menor volatilidade.

Por fim, a lista é complementada por um BDR da Nvidia, refletindo o interesse em empresas de tecnologia. A busca por proteção e segurança nos investimentos é evidente, com os investidores priorizando ativos que oferecem estabilidade em tempos de incerteza econômica.