Economia

Ações da Oncoclínicas disparam 70% em cinco pregões, mas especialistas alertam para riscos

Ações da Oncoclínicas (ONCO3) subiram quase 16% e 20,56% em dois dias. Desde fevereiro, as ações acumulam alta de 69%, mas com especulações no mercado. JPMorgan rebaixou recomendação para underweight, citando preocupações financeiras. Oncoclínicas enfrenta alto endividamento e dificuldade em gerar caixa suficiente. Apesar do crescimento em receitas, a empresa ainda não é financeiramente saudável.

Foto:Reprodução

Foto:Reprodução

Ouvir a notícia

Ações da Oncoclínicas disparam 70% em cinco pregões, mas especialistas alertam para riscos - Ações da Oncoclínicas disparam 70% em cinco pregões, mas especialistas alertam para riscos

0:000:00

As ações da Oncoclínicas (ONCO3) tiveram uma valorização significativa nos pregões de terça (18) e quarta-feira (19), recuperando parte das perdas desde a Oferta Pública Inicial (IPO) em 2021, quando as ações perderam 90% de seu valor. Na quarta-feira, por volta das 17h, as ações subiram quase 16%, cotadas a R$ 2,99, após um aumento de 20,56% na terça. Desde 12 de fevereiro, a valorização acumulada foi de 69%, com os papéis passando de R$ 1,77 para perto de R$ 3 em apenas cinco pregões.

Entretanto, segundo Rafael Ragazi, sócio e analista da Nord Investimentos, essa alta não reflete mudanças fundamentais na empresa e pode ser resultado de movimentos pontuais de investidores institucionais. Ele observa que a baixa liquidez e o valor de mercado reduzido da Oncoclínicas podem provocar oscilações acentuadas em resposta a compras significativas. A alta das ações também ocorreu após o JPMorgan rebaixar a recomendação da empresa, o que normalmente geraria uma reação negativa do mercado.

Os analistas do JPMorgan expressaram preocupações sobre a saúde financeira da Oncoclínicas, rebaixando a recomendação de neutro para underweight e retirando a meta de preço de R$ 6,50 para dezembro de 2025. Apesar de atuar em um setor promissor, com 8% de participação de mercado e um histórico de mais de 40 aquisições, a empresa enfrenta dificuldades em gerar lucros consistentes e continua entre as mais endividadas do setor.

No terceiro trimestre de 2024, o indicador de alavancagem da Oncoclínicas aumentou para 2,7x, evidenciando a dificuldade em reduzir a dívida, mesmo com o crescimento nas receitas. Ragazi alerta que a empresa ainda tem um longo caminho a percorrer para se tornar financeiramente saudável e que o risco é elevado devido à sua estrutura acionária, que não possui um controlador único. Ele conclui que, no momento, existem opções mais atraentes no setor de saúde, como a Rede D’Or.

Meu Tela
Descubra mais com asperguntas relacionadas
crie uma conta e explore as notícias de forma gratuita.acessar o meu tela

Perguntas Relacionadas

Participe da comunidadecomentando
Faça o login e comente as notícias de forma totalmente gratuita
No Portal Tela, você pode conferir comentários e opiniões de outros membros da comunidade.acessar o meu tela

Comentários

Os comentários não representam a opinião do Portal Tela;
a responsabilidade é do autor da mensagem.

Meu Tela

Priorize os conteúdos mais relevantes para você

Experimente o Meu Tela

Crie sua conta e desbloqueie uma experiência personalizada.


No Meu Tela, o conteúdo é definido de acordo com o que é mais relevante para você.

Acessar o Meu Tela