Mercados enfrentam volatilidade e incertezas econômicas antes da abertura de sexta-feira

Os investidores iniciam o dia de negociação com expectativas de recuperação após uma semana decepcionante. Na quinta-feira, o S&P 500 caiu 0,4%, o Nasdaq Composite perdeu 0,5% e o Dow Jones Industrial Average despencou 1%. O desempenho negativo foi impulsionado pela queda de mais de 6% nas ações da Walmart, que divulgou uma previsão de lucro abaixo das expectativas. Além disso, preocupações com a inflação persistente e as ameaças de tarifas do presidente Donald Trump sobre produtos do México e Canadá aumentam a incerteza no mercado.

A OpenAI continua a expandir sua base de usuários, alcançando mais de 400 milhões de usuários ativos semanais, um aumento de 33% desde dezembro. O COO da empresa, Brad Lightcap, atribui esse crescimento ao boca a boca e à utilidade percebida do ChatGPT. Essa expansão ocorre em um cenário competitivo, com a startup chinesa DeepSeek alegando ter desenvolvido modelos de IA comparáveis a preços muito mais baixos, o que impactou negativamente as ações de tecnologia em janeiro.

A Boeing enfrenta desafios com o governo, já que o presidente Trump expressou descontentamento com os atrasos na entrega dos novos aviões Air Force One. O CEO da Boeing, Kelly Ortberg, comentou que Elon Musk está ajudando a acelerar o processo. Apesar das dificuldades, a empresa observa um aumento na confiança dos clientes em relação à recuperação da companhia. Por outro lado, a Walmart, apesar de uma previsão de lucro decepcionante, viu suas vendas crescerem, especialmente entre consumidores de alta renda, devido a melhorias em suas opções de entrega e uma seleção ampliada de produtos.

A volatilidade no mercado de ações deve persistir, segundo a UBS, que observou que o Dow teve seu pior dia desde janeiro, com uma queda significativa após a desvalorização das ações da Walmart. A incerteza política e as propostas de tarifas adicionais por Trump podem dificultar um avanço significativo dos índices. A UBS alerta que a volatilidade pode ser um ativo subestimado, especialmente com as mudanças políticas e econômicas que estão por vir.