Economia

Empresas como LWSA, Positivo e Ouro Fino consideram deixar a B3 em meio a instabilidade econômica

A B3 enfrenta deslistagens crescentes, com 429 empresas listadas em 2025. Atacadão e Eletromídia planejam deixar a bolsa, seguindo outras companhias. A instabilidade política e a Selic elevada afastam investidores da renda variável. A falta de IPOs e aquisições intensificam a tendência de deslistagem no mercado. Ações brasileiras estão subvalorizadas, atraindo interesse de investidores estratégicos.

Sede da B3, em São Paulo: hoje, 429 empresas são listadas na B3, de acordo com a bolsa, abaixo das 463 em 2021. Metade dessas saídas ocorreu em 2024. (Foto: Tuane Fernandes/Bloomberg)

Sede da B3, em São Paulo: hoje, 429 empresas são listadas na B3, de acordo com a bolsa, abaixo das 463 em 2021. Metade dessas saídas ocorreu em 2024. (Foto: Tuane Fernandes/Bloomberg)

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O número de empresas que se preparam para deixar a B3 tem aumentado, refletindo o impacto dos juros elevados sobre o valor das ações. Entre as companhias que devem sair do mercado acionário estão o Atacadão (CRFB3), do Carrefour, e a Eletromídia (ELMD3), da Globo. A instabilidade política e a Selic em dois dígitos têm levado investidores a preferirem produtos de renda fixa, que oferecem maior segurança e rendimentos mais altos. Atualmente, a B3 conta com 429 empresas listadas, uma queda em relação às 463 de 2021, com metade das deslistagens ocorrendo em 2024.

A falta de novas ofertas públicas iniciais (IPOs) nos últimos quatro anos e uma onda de aquisições têm contribuído para o fenômeno das deslistagens. Empresas como LWSA (LWSA3), Ouro Fino Saúde Animal (OFSA3) e Positivo Tecnologia (POSI3) estão considerando deixar a B3, embora ainda não tenham tomado uma decisão final. Recentemente, a Cielo saiu da bolsa após uma oferta pública de seus acionistas controladores, enquanto o Carrefour planeja deslistar o Atacadão ao adquirir ações restantes.

O cenário atual tem atraído investidores estratégicos, que veem as ações brasileiras como uma oportunidade de compra a preços baixos. As ações estão sendo negociadas a 7,13 vezes os lucros acumulados em 12 meses, abaixo da média histórica de 10,06 vezes. Essa situação também se reflete na diminuição dos volumes de negociação, que em 2024 registraram uma média diária de R$ 23,9 bilhões, inferior aos R$ 33,2 bilhões de 2021.

Para as empresas que permanecem na bolsa, estratégias como recompras de ações e pagamento de dividendos têm sido adotadas para manter a atratividade das ações. O número de programas de recompra atingiu o maior patamar desde 2008, com gestores afirmando que as empresas consideram suas ações muito baratas. Em um ambiente de juros elevados, a recompra é vista como um investimento mais vantajoso do que novos aportes.

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