26 de fev 2025
Investidores estrangeiros se preparam para retornar à Bolsa brasileira em 2025, aponta Itaú BBA
Em 2024, investidores retiraram R$ 32 bilhões da B3, o maior valor desde 2020. Daniel Gewehr, do Itaú BBA, vê crescente interesse estrangeiro na Bolsa brasileira. Em janeiro e fevereiro de 2025, o fluxo de capital estrangeiro foi de R$ 6,82 bilhões e R$ 1,4 bilhão. Quarenta vírgula quatro por cento dos investidores têm visão positiva sobre o mercado. Expectativa de crescimento depende de definições políticas e econômicas globais.
B3 Bovespa Bolsa de Valores de São Paulo (Foto: Ilustração de Germano Lüders/InfoMoney)
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Os investidores estrangeiros retiraram R$ 32 bilhões da B3 em 2024, o maior valor desde 2020, mas começam a demonstrar interesse em retornar à Bolsa brasileira em 2025, segundo Daniel Gewehr, líder de estratégias do Itaú BBA. Ele participou de um road show nos Estados Unidos e observou que o perfil dos investidores que monitoram o Brasil se diversificou, incluindo não apenas fundos de economias emergentes, mas também fundos globais quantitativos e de deep value. Gewehr destacou que o Brasil, após ser o pior mercado em 2023, apresenta um valuation atrativo, o que pode despertar o interesse de investidores globais.
O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, teve uma queda de 10,36% em 2024, o pior desempenho entre as principais bolsas globais. Um levantamento do Itaú BBA revelou que 40,4% dos investidores têm uma visão positiva sobre a Bolsa nos próximos seis meses, com essa percepção subindo para 56% entre os investidores estrangeiros. Gewehr também apontou que 2024 foi um ano recorde para recompra de ações, um sinal histórico de que investidores estratégicos veem um valuation interessante em suas empresas.
Apesar do crescente interesse, o fluxo de investimentos estrangeiros ainda é considerado modesto. Em janeiro, o aporte foi de R$ 6,82 bilhões, impulsionado pela venda da participação da Cosan na Vale, que atraiu atenção internacional. Em fevereiro, até o dia 20, o capital estrangeiro somou R$ 1,4 bilhão. Tiago Cunha, da Ace Capital, avaliou que o interesse ainda é "relativamente tímido", mas há sinais de que investidores internacionais estão mais atentos ao Brasil, especialmente após perderem oportunidades em outros mercados, como a Argentina.
Os investidores estrangeiros aguardam definições sobre a corrida eleitoral brasileira e os desdobramentos da política tarifária de Donald Trump nos Estados Unidos. Cunha observou que, dependendo da situação, o Brasil pode se tornar um destino mais atrativo para investimentos, devido à sua economia relativamente fechada. A expectativa é que, conforme o cenário político e econômico se torne mais claro, o fluxo de investimentos estrangeiros para o Brasil possa aumentar.
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