27 de fev 2025
Petrobras registra prejuízo de R$ 17 bilhões e ações despencam na B3
A Petrobras registrou um prejuízo de R$ 17 bilhões no quarto trimestre de 2024, revertendo lucro anterior. A CEO Magda Chambriard anunciou aceleração de investimentos em Búzios, visando aumentar a produção. Apesar do prejuízo, a empresa aprovou R$ 9,1 bilhões em dividendos, abaixo das expectativas do mercado. As ações da Petrobras caíram significativamente, impactando o Ibovespa e gerando desconfiança entre investidores. Analistas expressam preocupação com a possibilidade de intervenções governamentais, relembrando experiências passadas negativas.
Foto: Reprodução
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As ações da Petrobras enfrentaram uma queda acentuada na B3, resultando em uma perda de R$ 24,5 bilhões em valor de mercado. O descontentamento dos investidores foi impulsionado pelo prejuízo de R$ 17 bilhões reportado no quarto trimestre de 2024, uma reversão significativa em relação ao lucro de R$ 31 bilhões do mesmo período do ano anterior. As ações preferenciais (PETR4) desvalorizaram 3,53%, enquanto as ordinárias (PETR3) caíram 5,56%, cotadas a R$ 36,61 e R$ 39,24, respectivamente. O resultado por ação foi de R$ 1,30 de prejuízo, bem abaixo das expectativas do mercado, que projetava um lucro por ação entre R$ 6,18 e R$ 12,09.
A CEO da Petrobras, Magda Chambriard, anunciou que a empresa pretende acelerar a produção, antecipando investimentos planejados para 2025 para 2024, especialmente no campo de Búzios. Esse movimento visa aumentar o valor presente líquido da plataforma em US$ 2,2 bilhões ao longo de três anos. Chambriard destacou que, apesar do prejuízo, a saúde financeira da companhia permanece sólida, com a redução de dívidas e a continuidade do pagamento de dividendos, que totalizarão R$ 9 bilhões.
Analistas expressaram preocupação com o aumento dos investimentos da Petrobras em 2024, que superam as projeções anteriores. A executiva enfatizou que o prejuízo não afetará o caixa da empresa e que a Petrobras está preparada para enfrentar desafios, com três novas unidades de produção programadas para entrar em operação ao longo do ano. O campo de Búzios, considerado o mais produtivo do mundo, deve alcançar uma produção de um milhão de barris por dia em 2025.
O mercado financeiro reagiu negativamente aos resultados da Petrobras, com as ações caindo até 9% durante as negociações. A insatisfação dos investidores se deve não apenas ao prejuízo, mas também à percepção de que a empresa pode voltar a ser utilizada como um instrumento político, o que gerou receios de intervenções que poderiam resultar em prejuízos semelhantes aos do passado. A declaração de Chambriard sobre o impacto de fatores "não reais" no resultado financeiro gerou dúvidas sobre a transparência e a gestão da estatal, que precisa demonstrar responsabilidade em seus investimentos para reconquistar a confiança do mercado.
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