28 de fev 2025
Tesouro Direto suspende negociações e taxas disparam após indicação de Gleisi Hoffmann
A escolha de Gleisi Hoffmann como ministra gerou desconforto entre investidores. O dólar flertou com R$ 5,90, refletindo a incerteza no mercado brasileiro. Taxas dos DIs dispararam, com a de janeiro de 2026 alcançando 14,96%. Conflito entre Trump e Zelenskiy estressou mercados globais, impactando o Brasil. Expectativas de alta na Selic aumentaram, com 92% de chance de 100 pontos base.
Foto: Reprodução
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Os títulos do Tesouro Direto enfrentaram mais uma suspensão de negociações na tarde desta sexta-feira, 28 de fevereiro de 2024, devido à volatilidade que elevava as taxas. A escolha de Gleisi Hoffmann como nova ministra de Relações Institucionais, em substituição a Alexandre Padilha, gerou descontentamento entre parlamentares e investidores. O estrategista-chefe do Grupo Laatus, Jefferson Laatus, afirmou que "ela é muito mal vista até mesmo por parlamentares", o que pode agravar a articulação do governo. O dólar, por sua vez, flertou com R$ 5,90.
As taxas dos Depósitos Interfinanceiros (DIs) dispararam em resposta à indicação de Hoffmann, especialmente após um confronto público entre o presidente dos EUA, Donald Trump, e o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskiy. O aumento do dólar, considerado um ativo seguro, pressionou as taxas futuras no Brasil. A taxa do DI para janeiro de 2026 subiu para 14,96%, enquanto a de janeiro de 2027 alcançou 15,025%.
O clima de incerteza se intensificou após a discussão acalorada entre Trump e Zelenskiy, que abordou a situação da guerra na Ucrânia. Trump ameaçou retirar o apoio dos EUA, enquanto Zelenskiy criticou a postura do presidente americano em relação a Vladimir Putin. Esse episódio estressou os mercados globais e fez com que a taxa para janeiro de 2031 atingisse 15,20%, refletindo a preocupação com a política fiscal brasileira.
Atualmente, a Selic está em 13,25% ao ano, e o mercado precifica uma alta de até 100 pontos-base na próxima reunião do Copom em março. As expectativas variam, com 50% de probabilidade de um aumento de 50 pontos-base em maio. No exterior, os rendimentos dos Treasuries caíram, influenciados por dados de gastos do consumidor nos EUA e pela tensão entre Trump e Zelenskiy, com o rendimento do Treasury de dez anos a 4,229%.
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