Mercados enfrentam volatilidade com tarifas de Trump e ações de tecnologia em queda

A aversão ao risco dominou os mercados globais em fevereiro, especialmente na segunda metade do mês, com as grandes empresas de tecnologia apresentando desempenho inferior aos principais índices. Isso ocorreu em meio a preocupações sobre a política protecionista de Donald Trump nos Estados Unidos, que implementou tarifas superiores ao esperado sobre parceiros comerciais como México, Canadá e China. Especialistas apontam que a imposição de tarifas pode desacelerar a economia americana, o que normalmente levaria a juros mais baixos e uma desvalorização do dólar, mas também gera riscos inflacionários, complicando as perspectivas para os juros.

As grandes empresas de tecnologia continuam sendo recomendadas por seu potencial de crescimento, com destaque para a Alibaba, que se destacou após uma parceria com a Apple para integrar inteligência artificial em iPhones vendidos na China. A XP destacou que a Alibaba teve a melhor performance na carteira de ações globais, impulsionada por resultados financeiros positivos e a crescente demanda por produtos relacionados à inteligência artificial. Além disso, as expectativas para ações chinesas permanecem otimistas, apoiadas por estímulos governamentais e avanços tecnológicos.

Entre as ações recomendadas, a Amazon é vista como uma oportunidade promissora, com mais de 40% de participação de mercado nos EUA e forte presença em setores como streaming e computação em nuvem. A Microsoft enfrenta desafios, mas pode se recuperar, enquanto a ASML se destaca por sua posição dominante no mercado de litografia. A Berkshire Hathaway é elogiada por sua estratégia de aquisição de ativos e a Meta é reconhecida por sua sólida geração de caixa no setor de anúncios online.

Em meio à incerteza do mercado, a UBS identificou ações com vantagens competitivas e lucros consistentes como possíveis refúgios. A McDonald's e a Philip Morris foram citadas como oportunidades de investimento, com a primeira apresentando um perfil de retorno estável e a segunda se beneficiando de produtos livres de fumaça. A Thermo Fisher Scientific também é vista como uma vencedora a longo prazo, apesar de uma leve queda recente nas ações.