11 de mar 2025
Selic pode atingir pico antes do esperado; ações com maior potencial são analisadas
As taxas de juros reais no Brasil podem atingir 15,25% em meados do ano. Bradesco BBI prevê cortes na Selic a partir de dezembro, impactando ações. Empresas como Cosan e Magazine Luiza se beneficiarão de taxas mais baixas. A relação entre lucros e valuation é crucial para o desempenho das ações. Setores como financeiro e imobiliário terão impactos distintos com as mudanças.
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As taxas de juros reais no Brasil podem alcançar o pico antes do esperado, impactando o mercado de ações. Segundo os estrategistas do Bradesco BBI, Pedro Grimaldi e Ben Laidler, as ações podem se beneficiar de lucros e valuation, especialmente aquelas mais expostas a taxas mais baixas. As taxas de juros de curto prazo, que chegaram a 10,2% em dezembro, estabilizaram-se entre 8% e 9%, enquanto as taxas reais de longo prazo permanecem estáveis. A previsão é que as taxas atinjam 15,25% em meados do ano, com cortes na Selic iniciando em dezembro.
O relatório Focus do Banco Central indica que a mediana das expectativas para a Selic em 2025 é de 15,00%, com projeção de 12,50% para 2026. O Brasil possui uma das maiores taxas de juros do mundo, o que pode resultar em um ciclo de cortes mais prolongado. Os mercados costumam antecipar cortes de juros com três a seis meses de antecedência, levando a uma rotação em carteiras de ações, priorizando setores cíclicos e empresas de menor capitalização.
Os setores financeiro e imobiliário são destacados, com o primeiro sofrendo com taxas mais baixas e o segundo se beneficiando. A sensibilidade dos lucros às taxas de juros está ligada à alavancagem, já que a maioria das dívidas das empresas é de taxa variável. Empresas como Cosan (CSAN3), Energisa (ENGI11), CSN (CSNA3) e Magazine Luiza (MGLU3) devem ver impactos positivos com a redução das taxas.
A análise do Bradesco BBI também considera o valuation, utilizando o múltiplo preço/valor contábil (P/BV) para evitar a volatilidade do preço/lucro (P/L). As taxas de juros influenciam significativamente a reclassificação do Ibovespa, com maior impacto no MSCI Small Caps Brazil. Setores como utilities, shopping centers e financeiro se destacam. As ações do Ibovespa que se beneficiam incluem Engie (EGIE3), MRV&Co (MRVE3), Cyrela (CYRE3), entre outras.
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