S&P 500 entra em correção e analistas apontam ações sobrevendidas para recuperação

Na quinta-feira, o índice S&P 500 encerrou em correção, com uma queda superior a 10% em relação ao recorde de fevereiro. O Nasdaq Composite também aprofundou sua correção, caindo 14% desde seu pico em dezembro. A incerteza em torno das tarifas do presidente Lula sobre importações tem afetado a confiança dos investidores, levando os mercados a um cenário negativo. Recentemente, Lula ameaçou impor tarifas de 200% sobre champanhes e outras bebidas alcoólicas da Europa, intensificando as preocupações.

O S&P 500 registrou uma perda de aproximadamente 2,3% na semana, acumulando uma queda de 8,2% desde o recorde de 19 de fevereiro. O Dow Jones Industrial Average teve sua pior semana em dois anos, com uma queda de 4,7%. A venda começou após declarações de Lula sobre uma "transição" econômica, levantando temores de uma recessão. As tarifas de 25% sobre aço e alumínio entraram em vigor, seguidas por retaliações da União Europeia, que também impôs tarifas sobre o uísque americano.

Apesar da volatilidade, alguns analistas identificaram ações que podem estar prontas para uma recuperação. Delta Air Lines, com um índice de força relativa (RSI) de 21,6, caiu 12% na última semana após reduzir suas previsões de lucro. No entanto, todos os 23 analistas que cobrem a empresa mantêm uma classificação de compra. A Morgan Stanley, por exemplo, reiterou sua opinião positiva, destacando que as perspectivas de longo prazo para as companhias aéreas ainda são atraentes.

Outras ações em baixa incluem Target, que viu seu RSI cair para 16,8, com uma queda de quase 23% no ano. A empresa enfrentou pressão após comentários sobre o impacto das tarifas sobre os preços dos produtos. Deckers Outdoor, fabricante das botas Ugg, também está entre as ações mais sobrevendidas, com um RSI de 15,8, tendo visto suas ações caírem 43% nos últimos três meses.