Mercados em queda; investidores aguardam dados econômicos e decisão do Fed

Os futuros das ações dos Estados Unidos caíram nesta segunda-feira, após uma semana difícil para os mercados. O Nasdaq Composite entrou em território de correção, com uma queda superior a 10% em relação aos máximos recentes, enquanto o S&P 500 também apresentou uma breve queda. O Dow Jones Industrial Average registrou uma queda de 4,4%, sua pior semana desde 2023. Os investidores estão avaliando as mudanças rápidas na política tarifária do presidente Donald Trump e dados econômicos mais fracos do que o esperado. Dados sobre vendas no varejo, que serão divulgados hoje, e a decisão do Federal Reserve sobre a taxa de juros na quarta-feira devem fornecer novas pistas sobre a economia.

A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) revisou para baixo suas projeções de crescimento econômico dos EUA, prevendo um crescimento do PIB de 2,2% para este ano e 1,6% para o próximo, em comparação com estimativas anteriores de 2,4% e 2,1%, respectivamente. O secretário do Tesouro, Scott Bessent, afirmou que não há garantias de que os EUA não entrarão em recessão, embora tenha destacado que correções de mercado são "saudáveis" e "normais". As tarifas de Trump sobre alguns produtos canadenses e suas declarações sobre tornar o Canadá o 51º estado dos EUA geraram um sentimento nacionalista no país vizinho.

A resposta dos canadenses tem sido a compra de produtos locais, enquanto algumas companhias aéreas começaram a reduzir rotas para os EUA devido à queda na demanda. Em outra frente, a empresa sueca Klarna, especializada em "compre agora, pague depois", protocolou pedido para abrir capital nos EUA, buscando reverter uma queda significativa em sua avaliação nos últimos anos. A Klarna também assumirá uma parceria com o Walmart, oferecendo empréstimos aos clientes da varejista por meio da fintech OnePay.

Por fim, a Southwest Airlines gerou descontentamento entre seus clientes ao cancelar sua política de bagagem gratuita. Muitos passageiros expressaram sua insatisfação, como MaKensey Kaye Alford, que afirmou que essa era a única razão para voar com a companhia. Errol Joseph, um consultor de vendas, comentou que agora não há motivos para ser leal à Southwest. Essa mudança reflete a pressão que as empresas dos EUA enfrentam para aumentar os lucros, retirando benefícios que antes eram valorizados pelos consumidores.