CIO alerta para riscos em ações da Nike e FedEx, mesmo com quedas nas avaliações

A análise do chief investment officer da Main Street Research, James Demmert, sugere que, apesar da queda nas avaliações das ações da Nike e da FedEx, ambas continuam sendo consideradas vendas. Em 2025, as ações da FedEx caíram mais de 18%, enquanto as da Nike recuaram cerca de 10%. A FedEx revisou suas previsões para o ano, citando incertezas macroeconômicas, enquanto a Nike enfrenta desafios devido à deterioração do sentimento do consumidor e possíveis tarifas sobre produtos.

Demmert destacou que as ações da FedEx, que fecharam a sexta-feira com uma queda de 6,5%, atingindo um novo mínimo em 52 semanas, não são uma escolha saudável, mesmo com um múltiplo de 14 vezes os lucros. Ele prefere investir em empresas como Parker-Hannifin ou Hitachi, que possuem uma diversificação maior. A FedEx já cortou suas previsões de lucro por três trimestres consecutivos, o que levou Demmert a reavaliar sua posição sobre a empresa.

No caso da Nike, Demmert expressou dúvidas sobre sua capacidade de competir com marcas mais modernas, como a Hoka. Ele sugere que Booking Holdings ou Netflix seriam opções mais atraentes no setor de consumo. As ações da Nike caíram 33% nos últimos doze meses, e a empresa está enfrentando um cenário desafiador, com a expectativa de que suas iniciativas de recuperação demorem a surtir efeito.

Além disso, Demmert criticou a Cleveland-Cliffs, chamando-a de "um estoque desastroso" devido a vendas em declínio e resultados fracos. Embora as ações estejam praticamente estáveis no ano, a empresa sofreu uma queda de mais de 13% em março. Ele prefere a Linde, uma empresa de gás industrial, e expressou cautela em relação à Cleveland-Cliffs, citando as tarifas do ex-presidente Donald Trump, apesar de a empresa ser produtora de aço nos Estados Unidos.