Tarifas flexíveis de Trump geram otimismo, mas também incertezas no mercado financeiro

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sinalizou uma possível flexibilidade em relação às tarifas comerciais, o que contribuiu para uma leve alta nas ações na última sexta-feira. Apesar do otimismo, a palavra "flexibilidade" também pode indicar incerteza, algo que os mercados geralmente evitam. Trump afirmou que haverá reciprocidade nas tarifas, sugerindo que qualquer mudança será uma resposta às ações de parceiros comerciais, e descartou a ideia de fazer exceções para países específicos.

Na mesma linha, o vice-premiê da China, He Lifeng, garantiu a líderes empresariais estrangeiros que o país continuará a abrir seu mercado e a receber mais investimentos. Durante uma reunião com executivos de grandes empresas, como Apple e Mastercard, He enfatizou a importância de aprofundar as parcerias econômicas entre os EUA e a China. Essa abordagem pode ser vista como uma tentativa de estabilizar as relações comerciais em meio a incertezas.

Os principais índices de ações dos EUA, como o S&P 500 e o Dow Jones, encerraram uma sequência de quatro semanas de perdas, com altas de 0,5% e 1,2%, respectivamente. No entanto, a FedEx, considerada um termômetro da economia, viu suas ações caírem 6,5% após uma revisão negativa em suas previsões de lucro. Enquanto isso, os mercados asiáticos apresentaram um desempenho misto, com o índice Straits Times de Cingapura subindo 0,18%.

No cenário político da Coreia do Sul, o primeiro-ministro Han Duck-soo foi reinstalado após a anulação de sua impeachment pelo Tribunal Constitucional. Han havia sido destituído por não nomear três juízes que analisavam o impeachment do presidente Yoon Suk Yeol. Em termos econômicos, investidores devem ficar atentos a dados importantes, como o Índice de Preços de Gastos de Consumo Pessoal dos EUA, que será divulgado na próxima sexta-feira, e os dados do PIB do quarto trimestre, que saem na quinta-feira.