Ações do Alibaba disparam com retorno de Jack Ma e foco em inteligência artificial

As ações da Alibaba (BABA34), listadas na Nasdaq, estão em recuperação após um longo período de desvalorização que começou em 2020. Em 2025, os papéis já valorizaram mais de 50%, atingindo um valor de mercado superior a US$ 100 bilhões, conforme reportado pela CNBC. Essa reviravolta é atribuída à recuperação da imagem de Jack Ma, cofundador da empresa, junto ao governo chinês, após tensões relacionadas a regulações. Um artigo da Baron’s já havia indicado a Alibaba como uma das nove ações para comprar em 2025, destacando seu potencial como um investimento acessível em e-commerce e computação em nuvem.

Os problemas da Alibaba começaram em outubro de 2020, quando Jack Ma fez críticas ao regulador financeiro da China, coincidentemente antes do IPO do Ant Group, que foi cancelado devido a questões regulatórias. A pressão do governo aumentou durante a pandemia de Covid-19, e a concorrência de empresas como a Pinduoduo começou a afetar a Alibaba. A situação levou a uma reestruturação significativa em março de 2023, quando a empresa decidiu se dividir em seis grupos de negócios, permitindo maior agilidade e captação de recursos.

A reaproximação de Jack Ma com o governo chinês também contribuiu para a recuperação da Alibaba. Após um período de afastamento, Ma começou a ser visto novamente em eventos com empresários, enquanto o governo suavizou a pressão regulatória. Em fevereiro, a Alibaba anunciou um investimento de US$ 50 bilhões em infraestrutura de inteligência artificial (IA) nos próximos três anos, sinalizando confiança em seu futuro.

A empresa reportou um lucro líquido de 48,9 bilhões de yuans (aproximadamente US$ 6,7 bilhões) no quarto trimestre de 2024, superando as expectativas. A receita totalizou 280,2 bilhões de yuans (cerca de US$ 38 bilhões), com um crescimento de 13% na receita do Cloud Intelligence Group, impulsionado pelo avanço em IA. O CEO Eddie Wu destacou que os investimentos em nuvem e IA nos próximos anos superarão os gastos da última década, reforçando a estratégia da Alibaba em tecnologia.