Economia

Ações que aumentaram dividendos em 15% ou mais atraem investidores, aponta Morgan Stanley

Dividendo de ações ganha destaque em meio à volatilidade do mercado; empresas como Royal Caribbean e T Mobile aumentam seus pagamentos.

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O mercado de ações apresenta volatilidade, com o S&P 500 atingindo seu menor nível desde setembro, enquanto os investidores se preparam para a implementação de tarifas anunciadas pelo presidente Donald Trump. A expectativa de crescimento do PIB caiu para apenas 0,3%, uma queda significativa em relação aos 2,3% do quarto trimestre de 2024. Em um cenário de crescimento lento, os dividendos tornam-se mais atraentes, conforme destacado pelo estrategista da Morgan Stanley, Todd Castagno, que observa que "um fluxo de renda estável pode ajudar a mitigar a volatilidade e oferecer uma proteção contra a inflação".

Castagno recomenda focar em empresas do índice Russell 1000 que aumentaram seus dividendos em pelo menos 15% no último trimestre. Ele menciona que, nos seis meses seguintes a um aumento no dividendo por ação, as ações dessas empresas superaram o mercado em média em 3,1%. Entre as empresas destacadas, a Royal Caribbean aumentou seu dividendo em 38%, embora suas ações tenham caído quase 12% no ano. A companhia, que possui uma classificação média de "overweight", enfrenta críticas sobre sua carga tributária, mas continua a ver forte demanda por cruzeiros.

Outra empresa em destaque é a T-Mobile, que teve um aumento de 35% em seu dividendo e apresenta uma valorização de 20% em 2024. A operadora de telecomunicações superou as expectativas de ganhos e receitas no quarto trimestre, embora tenha um potencial de alta limitado de apenas 0,5% em relação ao preço-alvo médio. A Southern Copper, com um rendimento de 2,1%, também aumentou seu dividendo em 17,3% e teve suas ações elevadas de "neutro" para "compra" pela UBS, que vê um bom risco-retorno.

Por fim, a Lam Research aumentou seu dividendo em 15%, com um rendimento de 1,27%. Apesar de uma leve queda de 1% em suas ações até agora, a empresa mantém uma classificação média de "overweight" e um potencial de valorização de 36% em relação ao preço-alvo médio. O cenário atual sugere que os dividendos podem ser uma estratégia viável para investidores em busca de estabilidade em tempos de incerteza econômica.

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