10 de abr 2025
Inflação nos EUA desacelera, mas tarifas comerciais podem reverter tendência positiva
CPI dos EUA desacelera para 2,4%, mas tarifas comerciais podem reverter a tendência. Economistas alertam para incertezas inflacionárias.
Supermercado em Washington, nos EUA (Foto: REUTERS/Sarah Silbiger)
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A inflação nos Estados Unidos apresentou uma desaceleração em março, com o Índice de Preços ao Consumidor (CPI) caindo para 2,4% em comparação a 2,8% em fevereiro, conforme divulgado pelo Escritório de Estatísticas do Trabalho. Apesar dessa redução, economistas alertam que as tarifas comerciais impostas pela administração Trump podem reverter essa tendência, especialmente em categorias como alimentos. O núcleo do CPI, que exclui alimentos e energia, também caiu, passando de 3,1% para 2,8%, o menor nível desde março de 2021.
Embora os dados de março tenham trazido alívio, a análise de economistas como Mark Zandi, da Moody's, indica que os números não refletem os impactos das tarifas sobre produtos importados, especialmente da China. Zandi afirmou que, apesar da melhora, os efeitos das tarifas comerciais ainda não estão visíveis nos índices de preços. As tarifas, que aumentam os custos para as empresas, podem ser um fator significativo para a inflação ao longo do ano.
O economista-chefe da Suno Research, Gustavo Sung, destacou que a suspensão temporária de tarifas para alguns países oferece alívio momentâneo, mas as incertezas permanecem. Ele prevê que a inflação nos Estados Unidos pode atingir 4% até o final de 2025, o que é o dobro da meta do Federal Reserve, que é de 2%. A expectativa é que o banco central tenha menos espaço para cortes de juros, com possíveis reduções limitadas a um ou dois cortes ao longo do ano.
Além disso, a pressão sobre os preços de alimentos continua a ser uma preocupação, com aumentos significativos em itens como ovos e café, devido a fatores como surtos de doenças e mudanças climáticas. Economistas alertam que, mesmo com a queda nos preços de combustíveis, a inflação alimentar pode persistir, complicando ainda mais a situação econômica e a política monetária do país.
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