Economia

Inflação deve subir para 5,48% em março, impulsionada por alimentos e clima adverso

Inflação em alta e Selic em elevação: IPCA de março deve subir para 0,56%, enquanto projeções para o PIB em 2025 caem para 1,97%.

Cesta básica no supermercado Merko, na Tijuca. (Foto: Leo Martins / Agência O Globo)

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O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de março deve registrar uma alta de 0,56%, conforme as projeções do Boletim Focus. Essa taxa representa uma desaceleração em relação aos 1,23% de fevereiro, mas a inflação acumulada em doze meses deve subir de 5,06% para 5,48%. A pressão sobre os preços é atribuída ao aumento dos alimentos, especialmente itens como ovos, tomate e café, influenciados pelo período da Quaresma. O economista-chefe da Monte Bravo, Luciano Costa, destacou que o clima e o aumento nos preços das proteínas também contribuem para essa elevação.

A inflação de domicílio, segundo o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (IBRE FGV), deve ficar em 1,33%, um aumento em relação aos 0,79% de fevereiro. Igor Cadilhac, economista do PicPay, prevê que os preços dos alimentos devem encerrar o ano com alta de 7,5%, sendo um dos principais fatores de pressão sobre a inflação. O professor Luiz Cunha acrescentou que, mesmo com uma possível desaceleração no segundo semestre, a inflação deve permanecer acima do teto da meta por seis meses consecutivos, o que exigirá uma explicação formal do Banco Central.

O Banco Central já elevou a taxa Selic para 14,25% e deve realizar um novo aumento em maio, embora menor que um ponto percentual. A mediana do relatório Focus para a Selic no final de 2025 permanece em 15%, indicando que os juros podem atingir o maior nível desde 2006. O Comitê de Política Monetária (Copom) sinalizou que a magnitude do ciclo de alta de juros dependerá da evolução da inflação e do compromisso com a convergência.

As projeções para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2025 foram reduzidas para 1,97%, refletindo uma expectativa de moderação econômica devido à política monetária contracionista. O Banco Central também ajustou sua previsão de crescimento do PIB para 1,9%. A incerteza sobre a economia aumentou, e as estimativas para 2026 e 2027 permanecem em 1,60% e 2%, respectivamente.

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